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18 de abril de 2024As pesquisas eleitorais estão sendo usadas para balizar o entendimento do eleitorado, mas um fator não está sendo levado em consideração:o peso do apoio político dos deputados estaduais Roberto França, atualmente sem partido; e de, Sérgio Ricardo, atual presidente da Assembléia Legislativa, filiado PR. França foi prefeito duas vezes em Cuiabá e Sérgio Ricardo nos últimos quatro anos não fez outra coisa a não ser tentar viabilizar o projeto político para disputar a Prefeitura de Cuiabá, depois de ter sido derrotado na eleição passada. Os dois são considerados lideranças de peso, têm influência sobre o eleitor, mas, apesar do afunilamento do quadro de definições se mantém calados sobre para que lado vão pender.
Em verdade, não dá para mensurar o quanto cada um deles têm de votos, mas, é certo que ambos, ao seu melhor estilo, comandam agrupamentos políticos que podem se não mudar totalmente um quadro eleitoral, é capaz de provocar reações inestimáveis. No bom português, é melhor ter eles a favor do que contra. Consequentemente, o apoio deles interessa a todos os candidatos indistintamente. E, por certo, continuarão sendo fortemente assediados por Wilson Santos (PSDB), Walter Rabello (PP) e Mauro Mendes (PR), os três principais protagonistas do processo eleitoral até o momento. Até aqui, nem Sérgio Ricardo e nem Roberto França deram qualquer pista a quem pretendem apoiar nas eleições de Cuiabá. Enigmáticos, atuam nos bastidores mais distantes possíveis. Nas conversas com interlocutores, não deixam transparecer sinais de que questões partidárias ou de influência por amizade poderão se constituir em fatores determinantes para tomarem uma decisão. “Somos amigos há mais de 20 anos. Temos uma relação pessoal intensa, apesar da disputa aguerrida de 2004” – disse o prefeito Wilson Santos, ao anunciar seu interesse na adesão de Sérgio Ricardo. De certeza até o momento é de que, apesar das dissimulações, eles vão apoiar alguém. A questão envolvendo Sérgio Ricardo, a rigor, deveria ser automática. Mas não é. O presidente da Assembléia Legislativa, em tempos de fidelidade partidária, teria que automaticamente emprestar seu apoio, subir no palanque e pedir votos, para Mauro Mendes, do seu partido. Ocorre que não é bem assim. Sérgio não esconde uma certa mágoa com os rumos dos acontecimentos políticos dentro da sigla. Depois de perder a eleição em 2004 para Wilson Santos e Alexandre César, ele passou a trabalhar com vistas exclusivamente às eleições de 2008: intensificou sua ação de mídia,chegou a presidência do Legislativo, acompanhou Blairo Maggi e o grupo para a recém-criada sigla republicana, teve garantias de que seria o candidato a prefeito, mas, o projeto não vingou justamente por falta de apoio interno. Em março, depois de tanto insistir, acabou “jogando a toalha” e abrindo mão da disputa. A situação de Roberto França é muito parecida. Estrategicamente sem partido já há algum tempo, o político tinha todos os indicativos para apoiar o nome de Walter Rabello,do PP, já que os democratas, a qual está mais ligado, vem sustentando sua presença como deputado estadual e, por outro lado, fechou com Rabello. Mas também não é assim. França vinha trabalhando para que sua esposa, Iraci França, fosse a candidata do DEM a prefeito. O projeto não vingou por causa do acordo político entre os dois partidos em Várzea Grande – que só seria possível se fosse dado o apoio dos democratas a Walter Rabello em Cuiabá como contrapartida ao apoio de Maksuês Leite, do PP, a Júlio Campos, do DEM. Iraci saiu da disputa. Com menos trava na língua, Sérgio Ricardo chega a admitir até que poderá ficar isento no processo eleitoral – algo que soa inacreditável. Até porque ninguém libera uma base para votar em quem quiser. A máxima política ensina que “eleitores sem rumos, são eleitores perdidos” e, consequentemente, podem ganhar outros caminhos. Portanto, essa de Sérgio Ricardo é só mesmo para despistar os curiosos de plantão. “Não tem muita importância minha participação em Cuiabá” – dissimulou, ao falar sobre o assédio. No fim de semana, Sergio Ricardo esteve em Vila Bela da Santíssima Trindade fazendo campanha; No que chama de agenda lotada estão previstos compromissos entre sexta-feira e domingo pela região do Vale do Jauru. Certamente, ajudando aliados.