JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez hoje (15) um apelo aos demais
parlamentares da base aliada para que apoiem as ações moralizadoras da
presidenta Dilma Rousseff. Simon pediu que os líderes partidários na
Câmara e no Senado desistam da chamada “greve branca”, em que se
recusariam a votar projetos de interesse do governo em represália às
demissões ocorridas em ministérios controlados por partidos da base.
Simon referia-se aos ministérios dos Transportes e da Agricultura, onde
foram demitidos vários servidores acusados de envolvimento em supostos
esquemas de corrupção.
Em discurso, Simon disse que a imprensa está deixando a classe
política e o Congresso em uma situação difícil e que os líderes
partidários estão se comportando como se quisessem controlar a
presidenta Dilma Rousseff. “A imprensa está nos deixando numa posição
(…) muito triste. Os líderes dos partidos políticos estão a dizer que
vão iniciar um movimento no sentido de acalmar a dona Dilma. Ou ela
para, ou vamos votar projetos.”
Segundo ele, os líderes não discutem se os projetos devem ou não devem
ser aprovados, mas deixam entender que isso significa que algumas
propostas podem ser aprovadas para prejudicar o governo. “Apelo ao meu
partido, o PMDB, e depois aos outros partidos, que paremos para meditar
[sobre esta situação].”
Para ele, as demissões feitas por Dilma são um exemplo que não foi
dado por seus dois antecessores, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio
Lula da Silva, que não demitiram ninguém. “Ela demitiu, no início do
governo, a começar pelo homem da sua maior confiança, o seu primeiro
nome, alguém que se sabe que ela escolheu, num ministério onde parece
que a maioria, quase a imensidão, foi indicada por outras pessoas, a
começar pelo Lula. O chefe da Casa Civil [Antonio Palocci] ela tinha
escolhido. Ela demitiu”, disse Simon.
Logo após Simon, também falaram em apoio a Dilma os senadores
Cristovam Buarque (PDT-DF), Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS).
“Estamos aqui para manifestar ao Brasil inteiro que estamos ao lado da
presidenta no momento em que ela demite pessoas que estão sob suspeição.
Isso é um ato novo neste país, salvo algumas exceções no passado”,
disse Cristovam. Ele aproveitou para pedir à presidenta que ouça mais os
parlamentares e que construa uma base sem fisiologismos.
Ana Amélia, que tem votado de maneira independente e chegou a
assinar requerimentos para a criação de comissões parlamentares de
inquérito, criticou a maneira como o Poder Executivo tem se relacionado
com o Legislativo, mas apoiou as iniciativas de Dilma. A senadora
manifestou disposição de participar da formação de uma frente
parlamentar, embora ressaltando que não haverá alinhamento automático ao
governo.
“É, pontualmente, um apoio político para que ela não fique refém de
outras forças que não queiram o que estamos pretendendo aqui:
moralidade, gestão, qualidade, profissionalização do serviço público. É
apenas isso. Estamos aqui para dar-lhe o apoio necessário, do ponto de
vista político, para que ela continue nessa ação.”.
Para Ana Amélia, a presidenta precisa ainda diminuir as contratações
por indicação políticas nos ministérios, realizar mais concursos e dar
promoções por mérito no serviço público.
Há mais 17 oradores inscritos para falar na sessão de hoje, a maior
parte deles convocada por Pedro Simon para defender as ações de
moralização no governo, num movimento que começou na última sexta-feira
(12).