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A Executiva Estadual do PT no Rio de Janeiro se reúne na segunda-feira (1º) para avaliar a situação do deputado estadual Jorge Luiz Hauat, o Jorge Babu, denunciado ontem pelo Ministério Público Estadual pelos crimes de formação de quadrilha e extorsão. Babu e outras dez pessoas foram denunciadas por supostamente integrarem uma milícia que age no bairro de Santa Cruz, na zona oeste da capital. Ele nega as acusações.
O presidente estadual do PT, Alberto Cantalice, informa que a reunião terá a participação de Babu e dos demais deputados da legenda. Babu pode ser punido com advertência e até expulsão do partido.
Segundo Cantalice, \”pela gravidade da acusação\”, o caso não deve passar pela comissão de ética e uma deliberação deve ser tomada no mesmo dia da reunião.
O presidente do PT-RJ diz que \”alguma punição terá com certeza\”. \”Estou avaliando o estatuto para ver qual é o procedimento melhor e mais rápido.\”
Segundo nota do Ministério Público, os denunciados –chefiados por Babu– se associaram para praticar diversos crimes, \”formando uma suposta quadrilha armada que atuava como milícia em bairros da zona oeste do Rio\”.
A denúncia entregue ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça cita o uso de armas de fogo, \”inclusive fuzis\”, para extorquir de moradores e comerciantes \”contribuições semanais, em dinheiro, que variam de R$ 10 a R$ 300, sob o pretexto de oferecer segurança\”.
\”A quadrilha impõe ainda, nas comunidades sob seu domínio, a exclusividade na aquisição de botijão de gás, que somente pode ser comprado em empresas por ela autorizadas. Além disso, o bando também controla a distribuição de sinal de TV a cabo (gatonet)\”, acrescenta a nota.
No pedido, a promotoria pede a prisão preventiva dos acusados. O deputado, no entanto, por ter foro privilegiado, só pode ser detido em flagrante, por crime inafiançável.
Entres os denunciados estão também o tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Jorge Cunha, Carlos Eduardo Marinho dos Santos, Alfredo Carlos Cândido de Oliveira, Davinilson Freitas dos Santos, Sebastião Soares Nogueira Neto, Carlos José Dias, Thiago Sant\’Anna dos Santos, Leonardo Moraes de Andrade, Roberto de Lima e Antônio Carlos dos Santos Pinto.
Babu disse à reportagem da Folha Online que não foi informado oficialmente sobre as denúncias. Ele conta que soube que foi denunciado como chefe de milícia pelo seu nome ter sido citado em uma conversa entre dois supostos milicianos. O deputado nega qualquer envolvimento com os grupos paramilitares.
\”Tenho que saber o que se tem contra mim. Eu nunca compactuei com a idéia de milícia, sempre fui contra. Hoje vejo meu nome envolvido. Muito do que está escrito pode ser uma questão política. Não quero comentar mais para não ser leviano. Na hora certa vamos falar\”, disse o deputado, que garante não ter medo de ser expulso do PT.
O desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte será o relator da denúncia, que será votada pelo plenário do Órgão Especial do TJ.
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