Oil rises while sugar slips
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13 de agosto de 2009Os deputados tentam votar hoje as medidas provisórias que trancam a pauta do Plenário – 462/09 e 464/09. Ambas liberam recursos para municípios.
Na sessão de ontem, os deputados decidiram adiar para hoje a votação da MP 462/09, que garante o repasse, neste ano, de R$ 1 bilhão ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para ajudar as prefeituras a enfrentar as consequências da crise financeira. Esse valor deve cobrir o déficit de 2009 em relação a 2008.
O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), argumentou que a MP contém cinco temas, mas no projeto de lei de conversão do deputado Sandro Mabel (PR-GO) já há cerca de 20 itens e os líderes ainda não possuiam o texto para análise.
Incentivo às exportações
A MP 464/09 libera R$ 1,95 bilhão a estados e municípios para incentivar as exportações. A medida provisória condiciona a liberação do dinheiro a existência de saldos após a compensação de dívidas com o Tesouro Nacional.
A medida também autoriza a liberação de R$ 4 bilhões do orçamento federal para fundos garantidores direcionados a micro, pequenas e médias empresas, além de trabalhadores autônomos e microempreendedores individuais. O objetivo é ampliar a oferta de crédito no País.
Ações no STF
Em sessões extraordinárias, ou se a pauta for liberada, o Plenário poderá analisar outras matérias como o Projeto de Lei 6543/06, que permite a qualquer pessoa lesada ou ameaçada de lesão por ato do Poder Público questionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele decida se houve o descumprimento de preceito fundamental da Constituição.
Aprovado em primeiro turno na última terça-feira (4), o projeto precisa passar por um segundo turno porque é de autoria de uma comissão especial mista (da Reforma do Judiciário). Atualmente, podem propor esse tipo de petição apenas as autoridades, entidades e órgãos competentes para entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI).
Desde a Constituição de 1988, a doutrina jurídica não conseguiu conceituar o que são os preceitos fundamentais. De forma geral, considera-se que eles são ligados diretamente às normas que servem de fundamento básico para a preservação da ordem política e jurídica do Estado.
Aposentadoria compulsória
Entre as propostas de emenda à Constituição, está pautada a PEC 457/05, do Senado. Segundo o substitutivo aprovado em comissão especial, a idade de aposentadoria compulsória no serviço público passa de 70 para 75 anos.
O texto original previa que uma lei complementar disciplinaria a aposentadoria, mas permitia, até sua edição, a aposentadoria pelas novas regras para os ministros do STF, dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Medidas cautelares
Os deputados podem votar ainda outros projetos, como o substitutivo do Senado ao PL 4208/01, do Executivo. O projeto estabelece novas normas para a aplicação das chamadas medidas cautelares, como a prisão preventiva ou domiciliar.
A principal mudança proposta pelos senadores é o fim da prisão especial para autoridades e determinados profissionais. A prisão especial é concedida quando a pessoa precisa ficar retida antes da possível sentença condenatória final.
Destaca-se ainda o Projeto de Lei 5279/09, do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que estabelece normas para as eleições dos parlamentares brasileiros para o Parlasul (Parlamento do Mercosul). O texto, que ganhou regime de urgência, prevê a escolha no mesmo dia das eleições gerais de 2010 por meio de lista preordenada apresentada pelos partidos.
Ampliação do Supersimples
Também em regime de urgência, está pautado o Projeto de Lei Complementar 399/08, do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS). Ele inclui no Simples Nacional (Supersimples) os serviços de arquitetura e agronomia, hoje proibidos de optar por esse regime de tributação. O substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio rejeita o projeto e beneficia as empresas de produção cultural e artística, e cinematográfica e de artes cênicas.
Na sessão extraordinária de ontem, depois de ouvir líderes partidários, o presidente Michel Temer decidiu adiar a análise das matérias. Temer adiantou, entretanto, que, se houver sessão extraordinária hoje, ele manterá as propostas em pauta.