JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024Pouco menos de um mês após ter divulgado uma nota em apoio ao então
ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a presidente Dilma
Rousseff foi obrigada neste domingo, 7, a lançar mão do mesmo expediente
na tentativa de salvar o chefe da pasta da Agricultura, Wagner Rossi.
Essa manifestação pública do Palácio do Planalto é mais um sinal de que a
crise política que há três meses envolve o governo federal deverá se
arrastar nos próximos dias e, a depender da oposição, vai culminar na
demissão de mais um ministro sob suspeita de irregularidades.
Em maio, Dilma já havia defendido publicamente Antonio Palocci, à
época no comando da Casa Civil. Mas, assim como Nascimento, ele acabou
sendo forçado a deixar o cargo, acusado de desvios éticos. Semana
passada, Nelson Jobim perdeu o cargo na Defesa por conta de declarações
desfavoráveis ao governo. Agora, Dilma terá de enfrentar problemas com
Rossi, ministro indicado pelo principal aliado do PT no governo, o PMDB
do vice-presidente Michel Temer.
“A presidente Dilma Rousseff reitera sua confiança no ministro da
Agricultura, Wagner Rossi, que está tomando todas as providências
necessárias”, afirmou a Secretaria de Imprensa.
A oposição cobrou ontem da presidente uma “faxina” no Ministério da
Agricultura, nos mesmos moldes da feita na área dos Transportes. Para os
parlamentares oposicionistas, Dilma não pode proteger Rossi
simplesmente por ele ser do PMDB e afilhado do vice-presidente. A
pressão cresce em função da queda, no sábado, do secretário executivo da
pasta, Milton Ortolan, após a revelação de seu envolvimento com o
lobista Júlio Fróes.
As evidências de loteamento político e inchaço no ministério devem
tornar mais duro o depoimento de Rossi no Senado, ao qual ele irá na
quarta-feira. E o ministro inicia a semana mais fragilizado, pois a
Controladoria-Geral da União encarregou 12 auditores de um levantamento
sobre contratos e convênios do Ministério da Agricultura.
Meta é CPI. O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse
que o objetivo da oposição é conseguir abrir uma Comissão Parlamentar de
Inquérito na qual se consiga investigar denúncias de corrupção nas
diferentes esferas do governo. Ele destacou que a postura diferente de
Dilma frente às acusações na área de Agricultura confere à atuação dela
no caso do Ministério dos Transportes aspectos de jogo de cena.