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9 de fevereiro de 2024Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024Perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da
Presidência da República revela que a nova classe média brasileira,
formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca
(52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).
Os dados são da Pesquisa de Amostra Domiciliar (Pnad), realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do
Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da
classe C – que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de
pessoas e tornou o estrato social mais volumoso. A renda familiar da
classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.
O perfil da nova classe média é tema do seminário que o governo
promove hoje (8), em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais
para o segmento.
Segundo os dados, a nova classe média é majoritariamente urbana
(89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%),
Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse
estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de
100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades
de médio porte (23%).
Os dados educacionais revelam que 99% das crianças e adolescentes (7
a 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma
que a da classe alta. A frequência escolar nas faixas etárias mais
elevadas é, no entanto, comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos
jovens de 15 a 17 anos e 54% dos adultos de 18 a 24 anos frequentam
escola; enquanto, na classe emergente, os percentuais caem para 87% e
28%, respectivamente.
Apesar do perfil escolar mais baixo, a SAE afirma que a classe C tem
buscado incrementar a formação escolar. Segundo o secretário executivo
da SAE, Roger Leal, o total de anos dedicados ao estudo é maior que no
passado, e a classe C tende a se beneficiar da melhoria da qualidade no
ensino. Para ele, é natural a junção entre um acesso mais amplo à
educação e um espaço maior no mercado de trabalho.
Conforme a SAE, seis em cada dez pessoas da classe C estão
empregadas. A maioria dessas tem registro formal (42% com carteira
assinada e 11% como funcionário público); 19% trabalham sem registro;
outros19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são
remunerados. O perfil de formalização da classe C (53%) está acima da
média nacional (47%), mas, na classe alta, o índice de formalização é
maior, 59%.
“O fato de a pessoa chegar à classe média, de ter tido um incremento
do rendimento, experimentado alguma ascensão social, não significa
dizer que houve formalização do emprego”, pondera Leal, ao destacar que
não há uma relação rigorosa entre a melhoria da qualidade de vida e a
legalização do vínculo empregatício. “Isso não quer dizer que o combate à
pobreza gere formalização do emprego.”
Ainda conforme os dados compilados da Pnad 2009, três quartos da
classe C moram em casa própria, sendo 99% dos domicílios de alvenaria ou
madeira aparelhada; com forro ou cobertura de laje, telhado ou madeira
aparelhada.