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18 de abril de 2024Embora a queda mais acentuada no pregão desta sexta-feira (16), o Ibovespa permaneceu praticamente estável – entre a faixa de 64.000 pontos e 63.000 pontos – até a última quinta-feira (15), mesmo com a agenda carregada de indicadores. Por um lado, Marianna Costa, economista da Link Investimentos, lembra que, embora a expectativa com a temporada de resultados nos Estados Unidos fosse bastante alta, até o momento, as companhias postaram balanços que corresponderam ou superaram as projeções.
Além disso, mesmo a desaceleração mostrada pelo PIB (Produto Interno Bruto) da China no último trimestre, que passou de 11,9% para 10,3%, era largamente esperada e foi em grande parte induzida por políticas governamentais, lembra o Barclays, em análise de Piero Ghezzi. O que preocupa, na opinião do banco, são os dados da economia norte-americana, que trouxeram baixo crescimento do consumo privado, por exemplo. Por isso, o Barclays reduziu a projeção de crescimento para os EUA de 4,5% para 3% em 2010.
Mercado imobiliário
No entanto, para a próxima semana, são esperados poucos indicadores econômicos nos EUA, com destaque para os números do setor imobiliário, como vendas de casas existentes e casas em construção, por exemplo. Como os dados apurados entre maio e junho foram bastante negativos, afetados, sobretudo, pelo final de isenção de impostos concedida pelo governo durante a crise, Silvio Campos Neto, economista do Banco Schahin, acredita na manutenção da tendência negativa.
Apesar de relevantes, os investidores estarão concentrados mesmo nos números do setor financeiro. Em primeiro lugar, apesar de três bancos importantes já terem divulgado resultados (JPMorgan, Bank of America e Citigroup), faltam ainda outros gigantes do setor, como Goldman Sachs, Wells Fargo e Merrill Lynch, por exemplo.
Com relação aos números, Marianna faz uma ressalva, lembrando que qualquer número abaixo do esperado pelo mercado pode ser perigoso, em função da expectativa positiva depositada pelos investidores. Contudo, a economista acredita que ainda há sentimento positivo em relação aos resultados corporativos.
Testes de estresse
Outro ponto importante envolvendo o setor financeiro será a divulgação do resultado dos testes de estresse com as instituições financeiras europeias, declara Campos Neto, lembrando que já na quarta-feira (21) está prevista uma reunião do Banco Central Europeu com executivos do setor para discutir os resultados.
Para o Barclays, a divulgação é “potencialmente” o fator mais relevante para as negociações da próxima semana, já que o banco o vê como catalisador de uma melhora da confiança em relação ao sistema financeiro europeu, até mesmo pela expectativa que existe sobre a divulgação de planos de recapitalização e de reestruturação financeira conforme os resultados.
O economista do Banco Schahin não compartilha desse otimismo, alegando que não vê sinais na agenda da próxima semana capazes de operar uma mudança drástica no cenário atual de pessimismo com a atividade econômica, e que os balanços precisariam ajudar “demais” para inverter o quadro.
Copom pode trazer boa notícia
Por outro lado, existe um fator que, na visão do economista, pode ter efeito positivo sobre o Ibovespa. A reunião do Copom na quarta-feira é o destaque da agenda interna e o consenso entre os analistas é de que a autoridade monetária irá elevar a taxa básica de juro do País em 75 pontos-base, para 11% ao ano.
No entanto, Silvio Campos Neto acredita que é importante observar dois fatores: o placar da decisão (caso alguns membros optem por um aumento de 50 pontos-base, haveria indicação de que muda o ritmo do aperto para setembro, por exemplo) e o comunicado emitido. O mercado receberia positivamente um ciclo de arrocho monetário menos intenso porque deixa a rentabilidade da renda fixa menos atrativa, “mas isso depende de uma série de situações”, declara o economista.