JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
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18 de abril de 2024A absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) – flagrada em vídeo recebendo dinheiro do esquema de corrupção conhecido como “mensalão do DEM” – com uma larga margem de votos tranquilizou a defesa de outro parlamentar que está tendo sua conduta analisada ainda no Conselho de Ética e Decoro da Câmara. Ao contrário de 2005, quando teve de renunciar para escapar da cassação, Valdemar da Costa Neto (PR-SP) poderá ser absolvido já no início do processo.
No dia 14 de setembro o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR)
apresentará seu parecer preliminar. Independentemente da posição do
tucano, a expectativa é a de que o processo seja arquivado.
Valdemar foi levado ao Conselho de Ética por PSOL e PPS. Os partidos
reuniram denúncias veiculadas pela imprensa que apontam a participação
do deputado em reuniões no Ministério dos Transportes nas quais se pedia
a empresários o pagamento de propina para a liberação de recursos.
Consta também no pedido de investigação um vídeo no qual Valdemar
negocia a liberação de recursos do ministério para que o deputado Davi
Alves Silva Júnior ingresse no PR. A representação traz um trecho de
entrevista do deputado a uma rádio de Mogi das Cruzes na qual ele diz
“querer” uma diretoria de um banco público para ajudar aliados a liberar
verbas. Um aditamento incluiu ainda no escopo da investigação a
denúncia de fraudes na “Feira da Madrugada” em São Paulo.
Apoio. Ao contrário do que aconteceu com Jaqueline, a
defesa de Valdemar é feita de forma aberta por alguns deputados. “Não
há materialidade nenhuma”, diz o líder do PR, Lincoln Portela.
Mesmo quem ataca o deputado já dá a absolvição como certa. “No caso
do Valdemar, talvez a absolvição seja ainda no Conselho. Essa
legislatura precocemente mostrou uma senilidade de valores”, afirma o
líder do PSOL, Chico Alencar. Para ele, o resultado no caso Jaqueline
mostrou que a Câmara considera a corrupção como algo natural.
Em 2005, Valdemar foi um dos citados no escândalo do mensalão e
renunciou ao mandato. Ele é réu no processo que tramita no Supremo
Tribunal Federal (STF).