JUSTIÇA DE SÃO PAULO DETERMINA QUE O MUNICIPIO AUTORIZE A EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS.
9 de fevereiro de 2024
Por que Rússia deve crescer mais do que todos os países desenvolvidos, apesar de guerra e sanções, segundo o FMI
18 de abril de 2024A conta-corrente do balanço de pagamentos, que registra todas as transações do Brasil com o exterior, teve déficit de US$ 17,4 bilhões noprimeiro semestre, o pior resultado desde o início da série histórica, em 1947. O déficit em transações correntes de junho foi de US$ 2,596 bilhões, também o pior resultado para o mês de junho desde 1999, quando o déficit
foi de US$ 2,926 bilhões.
Apesar dos números negativos, o chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes, ponderou que o valor nominal não é o indicador mais adequado para se observar a evolução das contas externas. Segundo ele, o dado mais relevante é o resultado da comparação com o Produto Interno Bruto (PIB)
Nesta forma de contabilização, o déficit em conta corrente somou 1,32% do PIB nos 12 meses encerrados em junho. \”O valor ainda é relativamente baixo, se compararmos com economias com características semelhantes\”,argumentou. Lopes citou que o resultado negativo da Índia, por exemplo, equivale a 1,2% do PIB. Na Colômbia, o déficit equivale a 4,9% do PIB e,
na Croácia, a 8,5%. Os números se referem ao resultado de 2007.
Ele explicou que o resultado semestral das contas externas brasileiras foi diretamente influenciado pelo volume de remessas de lucros e dividendos (recursos que as empresas multinacionais enviam a suas matrizes no exterior), que somaram US$ 3,396 bilhões em junho e US$ 18,993 bilhões no primeiro semestre do ano.
Lopes afirmou que, apesar do déficit semestral, as contas externas continuam perfeitamente financiáveis pelo ingresso de investimento estrangeiro direto (IED). \”O ingresso de IED é mais do que suficiente para compensar o déficit\”, afirmou. No acumulado de 12 meses até junho, o IED totalizou US$ 30,435 bilhões, o equivalente a 2,22% do PIB.
Renda em alta e câmbio favorável têm gerado resultados recordes nas contas de turismo do Brasil, que também contribuíram para o déficit em conta- corrente. De acordo com Lopes, os dados mostram recordes nas receitas, despesas e no resultado geral no semestre e no acumulado dos 12 meses.
No semestre, a conta de turismo teve déficit de US$ 2,635 bilhões. No acumulado em 12 meses encerrados em junho, o déficit atingiu US$ 4,833 bilhões. As duas cifras são as piores para o período – semestral e, em 12 meses, respectivamente – em toda a série histórica iniciada em 1947.
Em junho, o déficit de US$ 621 milhões é o pior resultado para todos os meses desde o início da série. Recordes também foram registrados na despesa de brasileiros que viajam para exterior. No semestre, o gasto totalizou US$ 5,534 bilhões e em 12 meses, US$ 10,250 bilhões. Também houve recorde no resultado mensal, que somou despesa de US$ 1,047 bilhão.
Esse é o maior valor para todos os meses desde 1947.Por outro lado, as receitas obtidas com estrangeiros que visitam o Brasil também foram recordes. No semestre, esses turistas gastaram US$ 2,899 bilhões e, em 12 meses, US$ 5,416 bilhões. Dados preliminares do mês das
férias escolares mostram que outros recordes devem ser registrados esse mês. Em julho até o dia 28, o déficit da conta de turismo soma US$ 711 milhões, com despesas de US$ 1,104 bilhão e receitas de US$ 393 milhões.
Segundo Lopes, o déficit turismo e a despesa de brasileiros devem ser recordes. \”Os números continuam crescendo pela renda e pelo câmbio favoráveis\”, disse.
Superávit da balança comercial já supera em 18% julho passado O desempenho das exportações melhorou em julho, o que ajudou o superávit comercial acumulado no ano. Enquanto no acumulado do ano o saldo mostra queda de 37,1% pela média diária em relação ao mesmo período de 2007, o superávit deste mês, até a quarta semana, já supera em 18,7% o de julho do ano passado.
Na semana passada, as vendas externas totalizaram US$ 5,43 bilhões, com média diária de US$ 1,08 bilhão – novo recorde para desempenhos semanais. As importações somaram US$ 3,99 bilhões, com média diária de US$ 798,6 milhões. O resultado foi superávit comercial de US$ 1,43 bilhão, o segundo melhor em 2008, atrás apenas do saldo da segunda semana de maio, de US$ 1,47 bilhão.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a média diária das exportações nesse mês, ante julho de 2007, cresceu 41,7% e das importações, 48,8%. Mas, no acumulado do ano, a alta das vendas externas é de 26,9% em relação ao mesmo período do ano passado, ainda bastante inferior ao ritmo de alta das importações (51,3%).
As exportações totalizam em julho US$ 17,27 bilhões, com média diária de US$ 909,2 milhões, e as importações somam US$ 13,84 bilhões, com média diária de US$ 728,8 milhões. O superávit comercial acumulado no mês é de US$ 3,42 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 107,92 bilhões e as importações, U$S 93,14 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,77 bilhões.
A Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) revisou para cima suas projeções para a balança comercial nesse ano. A previsão para exportação subiu de US$ 193 bilhões para US$ 197 bilhões e a de importações passou de US$ 172 bilhões para US$ 174 bilhões. Com isso, a estimativa para o saldo também aumentou, de US$ 21 bilhões para US$ 23 bilhões.