Brasília – A coordenação política do governo decidiu hoje (26), em reunião, adiar a apresentação da proposta de reforma tributária, que deveria ser encaminhada ao Congresso Nacional até o próximo dia 30, conforme havia dito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo quem, a intenção é não colocar o tema em pauta no mesmo momento em que o Legislativo discute a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
\”Queremos primeiro tirar uma questão de cena para depois entrarmos com a outra\”, disse o ministro, ao informar que a mudança de planos foi sugerida pelos líderes que compõem a base aliada do governo.
\”A reforma tributária é muito positiva para o país, agrada a grande maioria. Mas pode ter uma voz discordante, pode ter um senador que não goste de um ponto. Então é melhor postergá-la\”, acrescentou.
Segundo Mantega, a proposta já está pronta e trará pontos positivos para os estados e a sociedade como um todo. \”Mas agora vamos concentrar todos os nossos esforços para a aprovação da CPMF\”, reiterou.
Sobre essa questão, o ministro admitiu que, caso os senadores votem contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga o imposto até 2011, até mesmo o superávit primário poderá ser sacrificado.
\”Vamos continuar nos esforçando para ter um equilíbrio fiscal e para fazer o superávit fiscal que está comprometido. Agora, é claro que se você ficar sem R$ 40 bilhões de uma hora para outra, isso pode nos afetar também na questão do superávit\”, disse, referindo-se à estimativa de arrecadação da CPMF em 2008.
Fonte: Agência Brasil
Edla Lula
Repórter da Agência Brasil