Apesar dos primeiros depoimentos e apreensões da Operação Spoofing, a ordem na Polícia Federal é de adotar cautela nas investigações. Diante da dimensão das invasões de celulares, a PF ainda fará todas as checagens para confirmar a versão dos quatro presos, mesmo com as confissões já feitas.
Segundo fontes da Polícia Federal, algumas pontas da investigação ainda não fecham. Até porque a dimensão do hackeamento – atingindo as principais autoridades dos três poderes, do Ministério Público Federal, da própria Polícia Federal, além de jornalistas – pode indicar uma ação maior. Ou seja, se há alguém ou algum grupo por trás dos quatro suspeitos presos de envolvimento na invasão de celulares de autoridades.
Do ponto de vista político, o ambiente pós-hackeamento é de perplexidade em Brasília. Avaliação dentro do governo é de que há uma tentativa orquestrada de desestabilizar de forma generalizada os poderes e desacreditar a Operação Lava Jato.
Ao mesmo tempo, a vulnerabilidade nas comunicações digitais acendeu o alerta de que as autoridades precisam de um cuidado redobrado para que não fiquem mais expostas às ações de hackers.