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18 de abril de 2024Plantão | Publicada em 18/08/2008 às 19h21mSoraya Aggege e Lino Rodrigues – O GLOBOSÃO PAULO – O ministro da Indústria, Miguel Jorge, defendeu nesta segunda-feira, em São Paulo, a criação de um fundo para a área de educação, formado com lucros provenientes do petróleo recentemente descoberto na chamada camada pré-sal pela Petrobras. Segundo Jorge, um percentual dos ganhos com a exploração do petróleo (que ele disse que o governo ainda não definiu) seria utilizado para evitar a ameaça que ele chamou de \”apagão da qualificação\”. A idéia, polêmica, que prevê alterações na Lei do Petróleo, foi defendida por Lula na semana passada. – Temos que resolver esse problema do apagão educacional. Por isso, sou a favor da criação de um fundo com os lucros dessa nova descoberta de petróleo – disse Jorge, logo após participar como palestrante na abertura do Congresso Brasileiro de Jornais, patrocinado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Segundo o ministro, o dinheiro do fundo não poderá ser usado pelo atual governo, mas pelos próximos, que poderiam aplicar os recursos em programas de formação de mão-de-obra especializada. O governo Lula, afirmou Jorge, seria o responsável pela construção do marco legal da nova companhia, que ficaria encarregada de gerir a exploração do petróleo na camada do pré-sal. O ministro também prometeu aos donos de jornais estudar \”com carinho\” uma forma de reduzir a dependência da importação de papel imprensa, que hoje responde por 60% do consumo interno. Segundo ele, o governo pode estudar uma forma de incentivo ao aumento de capacidade de produção da Norske Skog Pisa, única fabricante de papel para imprensa do pais, localizada no Paraná. – É uma questão pontual. Vamos discutir com o governo e achar uma saída via incentivos, redução de impostos ou investimentos- afirmou Jorge. Em sua palestra, Jorge, ex-diretor de jornal, falou sobre a indústria jornalística em 2020, prevendo que o setor tem muito para crescer se a economia brasileira continuar se expandindo. Segundo ele, os próximos governos devem dar continuidade a estabilização econômica iniciada no governo Fernando Henrique Cardoso e mantida pelo presidente Lula. – O risco maior é os próximos governos não se preocuparem com isso (estabilização da economia) e não fazerem o dever de casa na infra-estrutura e na educação – disse ele. Quanto ao futuro do jornal impresso, o ministro disse que a perda do espaço para a internet, como acontece nos Estados Unidos, ainda não chegou ao Brasil. Na sua avaliação, a tendência são as grandes empresas jornalísticas se apropriarem das novas mídias. – É difícil imaginar que sites independentes terão a mesma força que os veículos tradicionais. Respondendo a uma pergunta da platéia sobre o crescimento das taxas de inflação, que começa a afetar os resultados dos jornais, Miguel Jorge disse que já há uma redução dos índices, com as medidas para conter o consumo (aumento dos juros). Para ele, em 2009, tudo indica que a inflação deverá convergir para a meta de 4,5% ou 5%. Já em relação ao câmbio, Jorge disse que o governo não tem muito o que fazer e que os empresários terão que se acostumar a trabalhar com dólar entre R$ 1,60 e R$ 1,80.