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18 de abril de 2024Durante o mês de maio, diversos episódios retrataram a gravidade da crise fiscal instaurada nos países da Zona do Euro – sinais estes que colaboraram para um sentimento de apreensão nos mercados, queda nas bolsas e uma onda de resgates na indústria de fundos, sobretudo daqueles dos países emergentes. Contudo, o Barclays Capital acredita que esse movimento abriu uma boa oportunidade para entrar nesses mercados.
Os analistas do banco britânico George Christou e Avanti Save, apoiam-se nos dados da consultoria EPFR Global, os quais mostraram que os fundos emergentes registraram saída de capital no valor de US$ 3,3 bilhões na semana finalizada no último dia 26 de maio. Desse número, US$ 2,9 bilhões referem-se aos fundos de ações, enquanto que o restante corresponde à indústria de bonds.
Analisando separadamente o desempenho dessas economia, o Brasil ficou entre os principais destaques negativos no período, tanto no segmento de renda variável – com resgates em torno de US$ 500 milhões – quanto na renda fixa – saída de mais de US$ 50 milhões.
Ainda na América Latina, o México também teve um desempenho decepcionante na semana encerrada no dia 26. Já na Europa, os fundos russos reportaram um fluxo negativo de investimentos tanto na renda fixa quanto na renda variável. Também no velho continente, destaque para as indústrias de fundos de renda fixa húngara e polonesa, que também viram a saída de capital superar a entrada.
Fuga é mais forte do que a do começo do ano
Além disso, a dupla de análise do Barclays compara o período atual de aversão dos investidores ao risco – do dia 5 ao 26 de maio – com o último episódio semelhante visto nos mercados, que durou entre 27 de janeiro e 10 de fevereiro deste ano. De acordo com Christou e Save, é importante notar que a recente saída de capital dos fundos de ações mostra-se mais forte do que aquela relatada no começo do ano.
Passando do mercado de renda váriavel para o de renda fixa, os analistas ressaltam que, assim como no período anterior, a entrada de novos investimentos continua superando a saída no período avaliado. Contudo, no continente asiático, a captação dos fundos de renda fixa mostrou nestes dias um volume maior do que aquele reportado entre o final de janeiro e começo de fevereiro. “Talvez isso sugira que os investidores enxergam a região como um porto seguro de quaisquer problemas de risco soberano”, argumenta a dupla de avaliação do Barclays.
Correções abrem oportunidade de compra
Mesmo diante desse cenário de incertezas na Europa, Christou e Save acreditam que a recente aversão ao risco vista nos mercados – e que provocou para essa fuga de capital nos fundos de países emergentes – ajudou a criar um cenário favorável para ingressar nesses mercados. “Nós achamos que agora é um bom momento para formar posição em uma recuperação tática do mercado”, afirmam os analistas.
Contudo, eles afirmam que, por ora, têm mantido posições em ativos líquidos o suficientes para serem desfeitos caso qualquer nova referência provoque outros surtos nos mercados e, consequentemente, novas correções. De acordo com os especialistas do Barclays, embora a reação dos investidores mostre-se um tanto exagerada no ponto de vista deles, a tendência é de que essa cautela continue a ser vista por enquanto.