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18 de abril de 2024No fim da semana passada, em uma conversa com o economista André Rebelo, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), perguntei quais são os canais de risco para a transmissão da crise mundial ao Brasil. Ele pontou dois tópicos como os principais. Veja abaixo:
Exportação: Se os países que estão sofrendo muito com a crise diminuirem os seus níveis de consumo, as exportações brasileiras a essas nações vão diminuir. “E aí a produção industrial cai e, consequentemente, o crescimento econômico brasileiro”, comentou Rebelo. “Isso foi o que ocorreu em 2008″, emendou.
Consumo: O receio sobre o que vai acontecer com o mundo pode diminuir a confiança do consumidor brasileiro. Tal movimento geraria uma redução nos níveis do consumo interno — justamente o fator que segurou a economia brasileira nos últimos anos. “Mais um motivo para a desaceleração da economia brasileira”, comentou Rebelo.
Para o economista da Fiesp, no entanto, ainda não há perspectiva de tais movimentos acontecerem. “Por enquanto, essa crise só impactou a Bolsa de Valores no Brasil”, disse.
