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18 de abril de 2024O governo brasileiro recebeu dos rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT) a garantia de que os contratos com empresas brasileiras que atuam na Líbia serão honrados – mesmo diante da iminente troca de governo em Trípoli e do não reconhecimento oficial da entidade rebelde pelo Brasil. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, os contatos entre Brasília e os rebeldes têm sido feitos através do embaixador do Brasil no Egito, Cesario Melantonio, que chegou a se reunir algumas vezes com os insurgentes em Benghazi. O diplomata teria, inclusive, ouvido deles próprios a mensagem de “grande apreço” do CNT à contribuição brasileira para o desenvolvimento da Líbia.
– Os contratos serão honrados. Essa é a nossa preocupação principal e não temos por que duvidar dessa palavra – afirmou o ministro.
Lobão: crise não afeta Brasil na área de petróleo
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também assegurou que o Brasil não deverá ter dificuldades no setor de petróleo diante do que está ocorrendo na Líbia:
– Consumimos o que produzimos e exportamos algum petróleo. Exportamos petróleo pesado e importamos algum petróleo leve, basicamente da Nigéria. Não há nenhum problema com a Líbia.
Perguntado sobre eventuais dificuldades pelo fato de o Brasil não ter apoiado os rebeldes e poder sofrer retaliações, Lobão desconversou:
– Isso é com o ministro das Relações Exteriores.
Patriota evitou comentar a posição do Brasil sobre quem deveria assumir o comando da Líbia, reiterando que a diplomacia brasileira pretende acatar o que o Comitê de Credenciais da Assembleia Geral da ONU decidir em setembro, em Nova York.
– Por enquanto, os rebeldes representam uma região da Líbia, e é preciso um governo de união nacional, com controle sobre todo o território, que represente uma transição para uma situação mais democrática. O Brasil reconhece Estados, e não governos – disse o chanceler, em um sinal de que o reconhecimento dos rebeldes ainda pode demorar.
À espera de posição da Liga Árabe e da União Africana
Segundo ele, uma das preocupações do Brasil e de toda a comunidade internacional é a estabilização na Líbia após a mudança de governo. Patriota defendeu a reconciliação nacional e a elaboração de um cronograma de transição política.
– As Nações Unidas já se manifestaram, de forma inequívoca e consensual, nos conselhos de Segurança e de Direitos Humanos, contrária às atitudes de Kadafi e sua resposta às manifestações do povo líbio por maior liberdade e por maior democracia.
O ministro acredita que a Liga Árabe e a União Africana divulgarão sua posição até o fim desta semana e destacou ainda que a opinião dos países dessas regiões é legítima e importante. Ele tem conversado com representantes do mundo árabe, da África e dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ingressou no início do, a convite dos chineses).
– Obviamente, há nosso apoio ao povo líbio e às suas aspirações. Já houve derramamento de sangue em uma escala absolutamente condenável, inaceitável e desnecessária; de modo que o que desejamos é um futuro de paz, reconciliação e progresso para a Líbia.