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18 de abril de 2024Após 31 dias fechadas, as agências bancárias voltaram a abrir nesta sexta-feira (7). Funcionários de todos os 26 Estados, mais o Distrito Federal, aprovaram na véspera a proposta apresentada pelos bancos e decidiram pelo fim da greve. Algumas agências como as de Maceió e as de Boa Vista registravam longas filas de clientes nesta manhã.
A exceção são agências da Caixa. Servidores do banco rejeitaram a proposta em capitais de ao menos 6 estados do país: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Na capital paulista, por exemplo, clientes desavisados perderam a viagem ao procurar uma agência da Caixa. A ajudante geral Juliana Maria dos Santos foi até a agência da Caixa na Avenida Paulista para receber o FGTS, mas deu com a porta da agência fechada.
Ela conta que foi mandada embora bem quando a greve dos bancários começou e até agora não conseguiu receber o benefício. No seguro-desemprego ela conseguiu dar entrada e a primeira parcela sai só dia 21. \”Meu aluguel vence dia 10. Não sei como vou fazer para pagar\”, diz. \”Estou rezando todos os dias pra essa greve acabar e, quando acaba, só a Caixa que decide continuar\”, lamenta.
ACRE
A volta aos trabalhos foi considerada tranquila pelo Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb-AC) e pelos clientes que procuraram o serviço nesta sexta-feira (7). Durante o período de paralisação, 47 agências ficaram fechadas em todo o estado, o que representou mais de 80%. Além disso, 600 bancários aderiram a greve, mais de 50% de categoria
ALAGOAS
A reabertura dos bancos deixou agências lotadas em Alagoas. Pouco antes do funcionamento dos bancos, por volta das 10h, muitos clientes já formavam fila.
Em uma das agências que a equipe do G1 visitou em Maceió, o atendimento começou em horário especial. Segundo uma funcionária do banco, que não quis se identificar, por volta de 8h30, clientes já eram atendidos.
AMAPÁ
Os bancários do Amapá voltaram ao trabalho nas agências nesta manhã. Os últimos bancos a encerrarem a paralisação foram a Caixa Econômica Federal e o Banco da Amazônia (Basa). Eles realizaram uma nova assembleia na manhã desta sexta-feira e decidiram por retornar às atividades.
AMAZONAS
Clientes em Fortaleza tiveram que enfrentar longas filas e alguns caixas eletrônicos bloqueados no início da manhã desta sexta-feira.
CEARÁ
Após o fim a greve dos bancários, clientes em Fortaleza tiveram que enfrentar longas filas e alguns caixas eletrônicos bloqueados no início da manhã desta sexta-feira (7). Uma agência bancária localizada entre as Avenidas Desembargador Moreira e Pontes Vieira chegou a lotar por volta de 10h. Pela quantidade de pessoas que aguardavam, clientes tiveram dificuldade para se organizar nas filas.
BAHIA
A maior parte dos bancos reabriu na manhã desta sexta-feira em Salvador. Segundo informações do Sindicato dos Bancários da Bahia, apenas os trabalhadores da Caixa Econômica Federal decidiram permanecer em greve. Na Avenida Sete, centro da capital baiana, a agência do Santander ficou lotada de clientes à espera de atendimento. O movimento também foi grande nos demais bancos.
ESPÍRITO SANTO
O primeiro dia de funcionamento das agências bancárias após o fim da greve dos bancários começou movimentado e com filas nas portas dos principais bancos em Vitória. Diferentemente de sete estados, onde os bancários da Caixa Econômica Federal rejeitaram a proposta e continuaram a greve, no Espírito Santo as agências da Caixa abriram normalmente nesta sexta-feira.
GOIÁS
A reabertura das agências em Goiânia foi com movimentação intensa. Nas agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, a fila estava maior que nos privados. Apesar disso, grande parte das pessoas relatam que conseguiram resolver seus problemas e o atendimento está normalizado, mesmo com a grande demanda.
MARANHÃO
Em São Luís, muitos clientes ainda eram surpreendidos pela continuidade da greve nas agências da Caixa. Nas portas das agências, muitos reclamavam da dificuldade no atendimento e na resolução de problemas.
MATO GROSSO DO SUL
Em Campo Grande, filas se formaram antes do horário de abertura de algumas agências enquanto em outras, como nas unidades da Caixa, o início do atendimento foi antecipado para 9h.
MINAS GERAIS
Em Belo Horizonte, filas se formaram antes do horário de abertura das agências. Gloria Colen, de 60 anos, contou que teve que esperar cerca de 15 dias para resgatar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por causa da greve.
Parte dos bancários do Norte de Minas Gerais voltou ao trabalho nesta sexta. Apenas a Caixa Econômica Federal segue em greve.
Os bancários do Sul de Minas também decidiram na noite desta quinta-feira encerrar a greve da categoria na região. Segundo o presidente da base sindical de Varginha, Fábio Massote, que representa 70 cidades do Sul de Minas, o atendimento deve ser normalizado ainda nesta sexta nas agências bancárias, com exceção de Varginha, onde é feriado.
Em Montes Claros, segundo sindicato da categoria, os bancos públicos, com exceção da Caixa Econômica, e os privados voltaram a funcionar normalmente.
PARÁ
Bancários de instituições públicas e privadas decidiram encerrar a greve em todo o Pará. Na noite de quinta-feira (6), a categoria se dividiu na sede do Sindicato dos Bancários do Pará em assembleias por corporações e, em todas elas, aprovou tanto a proposta da Fenaban.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários em Santarém, Joacir Jorge Belém Pereira, com o fim da greve, os bancários voltam a trabalhar e os trinta dias que paralisaram serão abonados. \”Os 8% não foram o esperado, mas se passasse mais tempo de greve iríamos pra dissídio e a situação poderia ficar pior\”, declarou.
PARAÍBA
A primeira manhã de funcionamento dos bancos depois do fim da greve dos bancários foi marcada por filas que começaram bem cedo em frente às agências em João Pessoa. Antes mesmo das agências abrirem as portas, clientes esperavam nas filas enquanto funcionários terceirizados faziam a limpeza das fachadas, retirando os adesivos anunciando a greve.
PARANÁ
As agências públicas e privadas de Curitiba e do interior do estado reabriram normalmente nesta sexta-feira. Em todo o estado, 378 agências chegaram a fechar por causa da greve, além de 11 centros administrativos.
PERNAMBUCO
No Grande Recife, os funcionários da Caixa continuam em greve, o que surpreendeu muitos clientes que foram às agências para tentar resolver o que ficou pendente no período de paralisação.
As agências bancárias de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, voltaram a funcionar. Antes do início do expediente, clientes aguardavam em filas nas portas das agências. Uma grande movimentação também foi resgistrada na Caixa Econômica Federal, que permenece em greve.
PIAUÍ
Em Teresina, o retorno foi marcado por filas e insatisfação de muitos clientes. Mas, ao contrário do que ocorre em outras capitais do país, as agências da Caixa voltaram a funcionar normalmente no estado.
RIO DE JANEIRO
Na capital, a Caixa Econômica Federal é o único banco que segue com as agências fechadas.
Nesta sexta-feira, todas as 104 agências da Região Serrana, no Rio de Janeiro, reabriram as portas com os 1.530 trabalhadores atuando nos bancos. No interior do Rio, ao contrário da capital, os bancários da Caixa Econômica Federal também aceitaram a proposta.
Na Região dos Lagos, 50 das 58 agências bancárias voltaram a funcionar. Somente oito agências da Caixa Econômica Federal, em que os funcionários não aceitaram o reajuste proposto, seguem fechadas nos municípios da região.
Segundo Hugo Diniz, presidente do Sindicato dos Bancários do Norte Fluminense, as 45 agências da base que estavam paralisadas voltam a funcionar normalmente. Na área, tanto os bancos privados, quanto a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, aceitaram as propostas da Fenaban.
RIO GRANDE DO NORTE
As agências reabriram com filas em Natal. Apenas os trabalhadores da Caixa Econômica Federal permanecem em greve.
RIO GRANDE DO SUL
A maioria das assembleias dos bancários no Rio Grande do Sul realizadas na quinta-feira (6) aprovou o fim da greve com a reabertura das agências nesta sexta-feira. No entanto, ao menos oito cidades e o Litoral Norte gaúcho ainda realizam assembleias para determinar se aceitam os termos do acordo negociado entre a categoria e a Fenaban.
RORAIMA
Clientes formaram filas na manhã desta sexta-feira nas agência bancárias do Centro de Boa Vista, após fim da greve dos bancários, que durou 29 dias no estado. Algumas pessoas chegaram aos bancos duas horas antes da abertura das agências para garantir a realização do serviço.
Ketiucia de Souza, de 27 anos, que mora no município do Cantá, região Centro-Leste de Roraima disse ao G1 que acordou cedo para tentar sacar um cheque. A jovem chegou à agência bancária por volta de 6h55. \”Só vai sair do banco depois que conseguir fazer isso\”, disse.
RONDÔNIA
Após o fim da greve, filas se formaram nas agências bancárias de Porto Velho nesta sexta-feira. De acordo com o Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia, todos as agências do estado estão atendendo normalmente.
SANTA CATARINA
Na Grande Florianópolis, todas as agências reabriram nesta sexta-feira, inclusive as da Caixa.
SÃO PAULO
Na Grande São Paulo, com exceção das agências da Caixa, todos os bancos reabriram nesta sexta-feira, com grande movimentação de clientes.
Já em Campinas, todas as agências da Caixa abriram nesta sexta e o primeiro dia após o fim da greve foi marcado por filas.
SERGIPE
O primeiro dia de reabertura das agências em Aracaju foi de muito movimento, com filas na maioria dos bancos.
TOCANTINS
Clientes lotaram as agências bancárias em Palmas nesta sexta-feira com a normalização do atendimento. Ao todo, 142 agências ficaram fechadas durante 31 dias no Tocantins por causa da greve dos bancários.
A paralisação nacional completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e superou a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.
A terceira oferta apresentada pela Fenaban na noite de quarta-feira foi de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500. A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
A greve afetou os serviços bancários em todo o país, pois algumas situações não podiam ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros meios alternativos.
Na quarta-feira (5), 13.123 agências e 43 centros administrativos ficaram fechados segundo a Contraf, o correspondente a 55% dos locais de trabalho em todo o país. O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 fecharam as portas.