Líderes adiam reforma tributária para o segundo semestre
1 de julho de 2008Candidato responsabiliza ex-gestores pela redução do IPM
3 de julho de 2008Depois de mais de três meses de espera pela recondução à presidência da Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Ager), Márcia Vandoni foi finalmente sabatinada durante sessão realizada na noite de ontem, na Assembléia Legislativa. Os deputados também argüiram Pedro Paulo Carneiro, que deverá retornar ao cargo de diretor do órgão. No entanto, a aprovação final de Vandoni só deverá ocorrer nas próximas sessões, quando a indicação passará por votação em Plenário. O mandato de Márcia terminou no dia 23 de abril. Desde então, Vandoni vinha encontrando resistência no Poder Legislativo para ter sua indicação aprovada. Um dos maiores críticos da recondução de Márcia ao posto, o deputado José Riva (PP) manteve postura pontual em relação aos questionamentos. Riva disse também que a votação da indicação em sessão posterior obedece um rito normal previsto no regimento interno da Casa. Em outras oportunidades até para as mesmas funções, após a argüição, seguiria a votação em plenário, que pode acontecer ainda esta semana. Riva era um dos parlamentares que questionava a recondução de Márcia. Ela respondeu as indagações sobre o funcionamento e a receita do órgão. Ela admitiu que ainda não conseguiu realizar todas as mudanças necessárias por conta da limitação de recursos previstos no orçamento da entidade. De acordo com balanço apresentado aos parlamentares, a receita da Ager prevista para esse ano é de R$ 6,7 milhões. Desse total, 47% é reservado para folha de pagamento. Destacou ainda que do total restante, 33% correspondem ao pagamento de pessoal de serviços terceirizados. Com essa contabilidade, revelou que em torno de 19% é destinado para custeio e investimentos. A exposição feita por Márcia não amenizou o tom seletivo do deputado Riva. O parlamentar solicitou de Vandoni o fornecimento de relação de autorizações precárias concedidas e revogadas de empresas do setor de transporte. Cobrou o funcionamento efetivo do conselho consultivo da entidade – instalado há sete anos e que segundo o parlamentar não opera dentro da dinâmica do órgão. “Temos uma assessoria parlamentar extremamente eficiente. Estamos abrindo esse espaço, colocando à disposição da Ager para se necessário auxiliar nos trabalhos”, enfatizou.
Riva reiterou ainda, durante os questionamentos, que “não existiu nenhum posicionamento contrário à pessoa da engenheira para o cargo”. Ressaltou que o que ocorreu foi a preocupação com as questões inerentes ao cargo e ao setor.