Empresa paulista pede extinção de contribuição com base na Súmula Vinculante 8
23 de janeiro de 2009Fed: medidas \”não-convencionais\”
27 de janeiro de 2009Boa parte das 11 empresas que receberam da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a exigência de reapresentar as informações financeiras do terceiro trimestre de 2008 já entregou as retificações. Algumas, ouvidas pelo Valor, informaram que fizeram apenas complementações, que não alteraram os resultados, e ponderaram que usaram os derivativos apenas para proteção (\”hedge\”).
Este foi o caso das Lojas Americanas, que divulgou o informe retificado na última quinta-feira. A empresa explicou, por meio de comunicado, que não possui derivativos exóticos e que o uso dos instrumentos é feito apenas para proteção de passivos cambiais. Por fim, a empresa afirma que a reapresentação da nota explicativa não altera em nada os resultados apresentados no trimestre.
A Klabin Segall também divulgou que não tem derivativo tóxico. \”Temos um contrato, que é \’hedge\’ perfeito e não possui exposição cambial\”, disse Carolina Burg, coordenadora de relações com investidores. Segundo ela, na reapresentação dos dados, a empresa deu mais detalhes sobre a operação. \”Tínhamos explicado, mas não com tantas particularidades.\”
A Klabin também incluiu, no novo informe, a política de controles internos e monitoramento de operação financeira. \”Temos essa política desde o início de 2008, mas fizemos algumas melhoras recentes, depois que empresas anunciaram perdas com derivativos.\”
A São Martinho também já reapresentou os dados. A companhia explicou que a autarquia pediu apenas que fossem complementadas as informações contidas na nota explicativa sobre instrumentos financeiros. Segundo a área de relações com investidores, a empresa só usa derivativos como \”hedge\”, com a venda de contrato futuro de dólar e uso de opções de venda de açúcar.
A Inpar informou que fez derivativos na forma de \”swap\”, sendo que cada contrato se relaciona parcial e diretamente com determinado passivo financeiro. \”Essas operações foram realizadas com o objetivo de readequação de taxas e diversificação do risco de tais passivos, originalmente indexados somente em taxa de juros\”, afirma a empresa na nota explicativa reeditada.
A Alpargatas também já cumpriu a exigência da CVM. \”O pedido era para detalhar um pouco mais e complementar a nota explicativa\”, disse José Sálvio Moraes, da área de relações com investidores.
Marfrig, Vigor e Abyara também já reapresentaram os dados. Cesp, CSN e VCP foram notificadas pela CVM mais recentemente e devem cumprir a exigência dentro do prazo previsto, de 15 dias.