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18 de abril de 2024A Eletrobrás vai investir R$ 22 bilhões entre 2009 e 2012, uma média de R$ 5,5 bilhões anuais. Os investimentos constam do seu primeiro Plano e Ações Estratégicas, lançado ontem. Para 2009, a meta de investimentos será maior: R$ 7,2 bilhões, exatamente o dobro do que foi investido em 2008.
O plano prevê a participação da Eletrobrás na construção de projetos de geração que elevarão a capacidade do sistema integrado nacional em 7 mil megawatts. Também está previsto seu projeto de internacionalização, com a conclusão de estudos para atuação no Peru (seis usinas) e Argentina (duas).
“Se vamos ou não construir essas usinas depende de estudos de viabilidade financeira e ambiental”, informou José Antonio Muniz, presidente da Eletrobrás, em nota distribuída pela empresa. “Vamos ter sempre sócios e a engenharia financeira será estudada caso a caso”, disse, acrescentando que há ainda uma “condicionante jurídica para que os projetos internacionais saiam do papel: a existência de tratados aprovados pelos congressos dos países envolvidos”.
Para o professor da UFRJ Nivalde Castro, especialista na área de energia elétrica, o plano da Eletrobrás está “subestimado”. Ele acredita que a empresa deverá fazer novos aportes no País e na América do Sul.
Castro comentou ainda que a estatal tem um nível de endividamento baixo e caixa elevado. Com isso, em sua opinião, não terá dificuldades de até mesmo aumentar sua participação em projetos com outros parceiros, caso surjam dificuldades de obtenção de crédito.
“A Eletrobrás pode ser utilizada pelo governo como instrumento de fomento para obras de importância para o desenvolvimento do País”, disse. Do total de investimentos para 2009, R$ 3,6 bilhões serão destinados à geração; R$ 1,9 bilhão à transmissão, e R$ 1 bilhão às empresas de distribuição das regiões Norte e Nordeste. O restante dos recursos será utilizado em outros projetos do Sistema Eletrobrás, como os de eficiência energética e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.