Deucimar Silva (PP) admite que pode fazer oposição radical ao prefeito Wilson Santos (PSDB). O presidente da Câmara pondera que isso vai depender exclusivamente do relacionamento e do atendimento que o Palácio Alencastro irá prestar aos vereadores e à Câmara Municipal na nova legislatura.
“Os vereadores querem ser bem atendidos. Por isso, estaremos de olho se a prefeitura irá responder ou não aos requerimentos dos parlamentares, às solicitações e indicações”, avisa. Ele afirma que está aberto a conversas com o chefe do Executivo e que não recebeu posicionamento ou determinação partidária para apoiar ou se opor à gestão de Wilson Santos. “Somos independentes. Tudo vai depender da relação que vamos começar”, resumiu.
Apesar de achar que o prefeito tucano participou do processo de eleição da nova Mesa Diretora a favor da sua correligionária, Lueci Ramos (PSDB), Deucimar afirma que não guarda ressentimentos em relação às articulações feitas pelo prefeito. Wilson Santos nega que tenha interferido na eleição e tem repetido a suposta isenção nos discursos públicos.
Deucimar citou, por exemplo, a presença do vice-prefeito eleito, Chico Galindo (PTB), na sessão de eleição da nova Mesa. “Fiquei sabendo que o vice-prefeito, inclusive, ofereceu cargos para alguns vereadores para que votassem na Lueci. Mas a nossa união falou mais forte”, alfineta.
Sobre suas primeiras medidas no Legislativo, o vereador anunciou que, em março, deve iniciar projetos de capacitação dos servidores, em parceria com a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Também deve se dedicar à construção da sala do Cidadão e ao arquivo Memória da Câmara.
Sobre as reformas da estrutura do prédio, Deucimar afirmou que se assustou ao ver o completo estado de abandono e má administração. Segundo ele, há problemas hidráulicos e elétricos em quase todas as salas e gabinetes. O parlamentar também pretende buscar parcerias para a compra de móveis para os gabinetes. (AA)