Superávit da balança cai para US$ 459 milhões na terceira semana de julho
21 de julho de 2008Para PF, Greenhalgh fez lobby por compra da Brasil Telecom pela Oi
24 de julho de 2008Cerca de 60 delegados se reuniram em assembléia em SP.
Sindicalista diz que entidade divulgará nota em defesa da instituição.
André Luís Nery
Do G1, em São Paulo
O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo pedirá ao governo federal e ao Congresso maior independência administrativa e financeira, informou o presidente da entidade, Amaury Portugal, após reunião com 60 delegados da instituição, nesta terça-feira (22), na sede da PF, em São Paulo.
“A instituição ‘Polícia Federal’ está sendo arranhada, vilipendiada”, disse, em referência aos acontecimentos da última semana, desencadeados pela Operação Satiagraha, que envolveram o delegado Protógenes Queiroz, responsável pelo caso. “Fomos muito agredidos, por ministro de tribunal, pela OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]”, disse Portugal.
“É preciso que o ministro Tarso Genro e que o Congresso instrumentalizem a Polícia Federal com independência, independência na investigação. Eu fiquei sabendo que estão articulando, um grupo está articulando acabar com as investigações policiais. A PF não poderia investigar ninguém sem avisar”, disse.
Questionado sobre que grupo seria esse, ele afirmou que \”é um grupo de políticos, um grupo de pessoas lá em Brasília, enfiados em tribunais e em uma série de outras instituições\”. No entanto, Portugal afirmou que não são parlamentares, mas \”pessoas que estão querendo proteger o crime organizado.\”
Protógenes
O delegado Protógenes Queiroz e outros dois que pediram afastamento da operação após comandar suas primeiras ações foram convidados a participar da assembléia, mas não compareceram. A idéia era que explicassem os motivos pelos quais pediram afastamento.
“O policial, como um dirigente da investigação policial, do inquérito, não pode sofrer qualquer ingerência externa, porque o crime organizado é muito poderoso. Eles manipulam tudo, de qualquer forma”, disse.
Com a ausência dos delegados que comandaram a operação, a assembléia deve resultar em uma nota, a ser divulgada amanhã, segundo Portugal, em defesa da instituição da Polícia Federal. “Na nossa nota não vamos mencionar apoio a ninguém, apenas à instituição ‘Polícia Federal’.”
