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9 de fevereiro de 2024
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18 de abril de 2024A reforma do sistema financeiro norte-americano, que deve ser sancionada esta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve exigir mais responsabilidades dos executivos de finanças.
“Tenho ciúmes do Brasil, sua regulamentação é um ponto brilhante. Nos Estados Unidos, a nova legislação do Governo Obama deve tratar, entre outras coisas, da responsabilidade dos executivos de finanças”, declarou Jeffrey Morgan, presidente do National Investor Relations Institute (Niri) em evento realizado em São Paulo pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).
O presidente do Niri avaliou que as principais mudanças na legislação americana devem influenciar outros países.
“A legislação vai exigir que os bancos alavanquem menos suas operações; vai exigir transparência na remuneração dos executivos e dará poder de voto para os acionistas nomearem diretores das empresas”, citou.
Mas o presidente do Niri mostrou-se pessimista com os resultados que a nova legislação deve gerar na economia. “Talvez possamos entrar numa segunda recessão. As empresas estão conservadoras, com 9,5% de desemprego. A nova legislação deve aumentar os custos das empresas”, avaliou Morgan.
Ele falou do impacto da mudança na profissão dos executivos de relações com investidores (RI). “Se essa maré de regulamentação pegar, a relação entre empresas e investidores terá de ser uma relação maior”, previu.
Morgan revelou que a crise econômica mundial abalou o mercado de trabalho dos profissionais de finanças dos Estados Unidos. “Com a crise cerca de 50 empresas eliminaram o departamento de RI”, contou.
Mas, segundo ele, o pior aconteceu nos bancos. “Por causa dos custos, as instituições financeiras demitiram analistas seniores e contrataram analistas juniores”, informou Morgan.
Ele comentou a diferença entre o sistema brasileiro e o americano. “Os fundos de hedge nos Estados Unidos são muito obscuros, mas nós aceitamos o fato de não sabermos quem são os acionistas. Vocês, com a CVM [Comissão de Valores Mobiliários], estão mais acostumados com isso”, diferenciou.
Também apontou as demais mudanças que devem influenciar a atividade financeira global. “A adoção do padrão IFRS [International Financial Reporting Standards] até 2015 vai permitir que tudo seja mais comparável”, vislumbrou Morgan.
No Brasil essa mudança acontecerá mais cedo. A CVM através da Instrução n. 457 determinou que as companhias brasileiras de capital aberto devem elaborar as demonstrações financeiras com base nos IFRS a partir do exercício fiscal de 2010.