A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo informou que houve cancelamento do patrocínio da Petrobras, uma das principais apoiadoras do evento. A Petrobras foi procurada pelo G1, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
De acordo com a assessoria de imprensa da Mostra, em contato com o G1, a empresa estatal informou a diretora Renata de Almeida por telefone.
\”Ela vai fazer a mostra de qualquer jeito. Já há 200 filmes inscritos. Ainda estamos buscando outros patrocínios, mas faremos com a verba que tiver, ainda que seja menor\”, diz Margarida Oliveira, responsável pela comunicação do festival.
De 2017 para 2018, o valor repassado pela empresa para a Mostra foi de R$ 1,2 milhão para R$ 750 mil. O evento chegou a receber R$ 800 mil do BNDES para cada edição entre 2014 e 2016. No ano seguinte, o apoio foi de R$ 900 mil, mas em 2018 o banco não foi um dos patrocinadores.
Em março, a empresa havia confirmado o cancelamento de patrocínio a outros dois projetos: o Cinearte, cinema de rua em São Paulo, e a Casa do choro, espaço dedicado a música no Rio de Janeiro.
Os três patrocínios cortados somaram R$ 3,5 milhões. Além dos confirmados, a empresa reavalia todos os projetos patrocinados na área cultural. De acordo com a Petrobras, os recursos serão direcionados a projetos com foco em ciência, tecnologia e educação.
Em 2018, a empresa investiu em 28 projetos relacionados a música, cinema, circo, dança e teatro. Destes, há 16 contratos ainda vigentes, com datas de término entre 2019 e 2020.
De acordo com reportagem divulgada pela rádio CBN, outros dez projetos perderam patrocínio: Festival do Rio, Anima Mundi, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Festival de Cinema de Vitória, Sessão Vitrine, Prêmio da Música Brasileira, Clube do Choro de Brasília, Teatro Poeira, Festival Porto Alegre em Cena e Festival de Curitiba.