The only economic advice the Tories need – cut spending
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5 de fevereiro de 2010O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avança hoje (4) na condução da política externa ao receber, às 11h, as credenciais do novo embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon. A escolha de Shannon para o cargo, segundo diplomatas brasileiros, indica a deferência do presidente norte-americano, Barack Obama, em relação ao Brasil – pois o embaixador é considerado o melhor nome da diplomacia dos Estados Unidos.
Da nomeação à confirmação de Shannon, houve uma espera de oito meses. Senadores republicanos que fazem oposição a Obama resistiam ao nome do diplomata. Os senadores republicanos Jim DeMint e George LeMieux discordavam das posições assumidas por ele nas negociações pelo fim da crise política em Honduras. Mas, ao final, retiraram os vetos.
Bem-articulado e com português fluente, Shannon foi elogiado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. No discurso, ela disse que o diplomata era um dos seus melhores quadros e motivo de orgulho para o governo. O tom foi de emoção, segundo os presentes.
Para os diplomatas brasileiros, a escolha de Shannon deve ser analisada como um marco nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. Profundo conhecedor da história, política, economia e sociedade brasileira, o embaixador costuma dizer que se sente à vontade no Brasil. Também indica que o Brasil terá papel de destaque nas negociações.
Ao receber hoje as credenciais de Shannon, Lula inicia nova etapa nas relações com o governo norte-americano. Por meio de interlocutores do Brasil e dos Estados Unidos, o presidente Obama articula sua visita ao país até meados do segundo semestre. O objetivo é ampliar as relações dos norte-americanos na América Latina a partir do contato com o presidente brasileiro.
Na visita ao Brasil, Obama e Lula devem assinar um acordo de cooperação comercial que vai englobar temas polêmicos, como etanol e suco de laranja. Não irá acabar com as tarifas e barreiras comerciais, mas servirá como instrumento de facilitação de negociações bilaterais. Antes, Hillary virá a Brasília.
As visitas de Obama e Hillary foram alinhavadas no começo desta semana por diplomatas norte-americanos e brasileiros. Obama aguardava apenas a oficialização de Shannon para confirmar a visita a Brasília. Na solenidade de confirmação de Shannon no cargo, em Washington, Hillary destacou o papel do Brasil.
Segundo a secretária de Estado, o presidente Lula exerce um papel de liderança regional na América Latina. Hillary ressaltou que o governo Lula participa das principais negociações internacionais, sem esquivar-se de tema algum. Para ela, os principais destaques da atuação brasileira se devem às discussões sobre clima e energia.
