Política de incentivos continua atraindo em Roo
7 de julho de 2008Possibilidade de aumento da carga tributária gera polêmica
9 de julho de 2008Na sessão plenária da Assembléia Legislativa, ontem, cinco Deputados Estaduais foram à tribuna para manifestar estranheza e repúdio à iniciativa do relator da CPI da Segurança Carcerário, Deputado Federal Neucimar Fraga, de incluir o Juiz de Direito Fernando Flores Cabral Júnior, o Defensor Público Jorge Pedro Galli e o Promotor de Justiça Gilmar Bortolotto como responsáveis por distorções. O primeiro pronunciamento foi do deputado Jerônimo Goergen, que enfatizou: \”O juiz Cabral Júnior é um magistrado de atuação reconhecida, com uma longa folha de serviços prestados à sociedade rio-grandense, mercê de sua formação e vocação jurídica\”. Lembrou ainda que \”desde 2004, há um documento assinado pelo então Corregedor-Geral de Justiça, Desembargador Aristides de Albuquerque Neto, e por vários juízes, entre os quais o próprio Cabral Júnior, denunciando a caótica situação do sistema carcerário. Inúmeros outros juízes gaúchos, atuando no Interior do Estado, em diferentes momentos, pediram a interdição de presídios sem condições e foram atendidos\”. Na seqüência, o deputado Heitor Schuch se solidarizou com os gaúchos citados como indiciados, afirmando que \”caracterizou-se uma injustiça, numa atitude que reflete completo desconhecimento da realidade do Rio Grande do Sul\”. O deputado Kalil Sehbe foi o terceiro a discursar, ressaltando: \”É lamentável colocar pessoas de bem como indiciados. Deixo aqui a minha manifestação de repúdio ao absurdo que querem fazer na CPI do Sistema Carcerário a essas pessoas de bem, a esses gaúchos, que não são culpados pela situação em que se encontram os presídios do Rio Grande do Sul. Reitero minha indignação à maneira fácil com que fazem pré-julgamentos\”. O quarto pronunciamento coube ao deputado Berfran Rosado, que destacou: \”A CPI do Sistema Carcerário se precipitou ao apontar e pedir o indiciamento de Defensores Publicos, do Promotor de Justiça e o Juiz de Direito. Eles, reconhecidamente, têm ao longo do tempo prestado serviços importantes para o Rio Grande do Sul. Não compactuamos com injustiças que possam decorrer de análises precipitadas que buscam conquistar holofotes. Não é por aí que vamos construir uma sociedade mais justa e mais digna. Ao contrário, é o caminho das injustiças.\” O deputado Alexandre Postal encerrou a série de discursos, afirmando que oferecia apoio aos gaúchos citados, devido à função que exercem. Acrescentou: \”Este Parlamento não se curva e manifesta às claras sua solidariedade a cidadãos que, no exercício de suas funções, fazem um excelente trabalho. Esperamos que a classe política não arrume o subterfúgio da distância e da falta de conhecimento para comprometer homens púiblicos que exercem com dignidade sua função.\”