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6 de outubro de 2008O deputado Wallace Guimarães (DEM) negou as acusações apresentadas no programa eleitoral do candidato à prefeitura de Várzea Grande, Nico Baracat (PMDB), de uma suposta negociação de apoio ao prefeito e candidato à reeleição, Murilo Domingos (PR). Nico exibiu, durante seu programa eleitoral, veiculado na noite de quarta-feira, imagens do parlamentar recebendo dinheiro numa suposta negociação do respaldo ao candidato republicano.
Numa coletiva na manhã de ontem, em seu gabinete, na Assembléia Legislativa, Wallace acusou Nico de ter feito um “acordão” com o candidato do DEM ao Paço Couto Magalhães, Júlio Campos, num suposto esquema que, segundo ele, contaria com a participação do deputado Maksuês Leite (PP). O deputado destacou que não apóia Júlio e que, se pudesse, daria total respaldo ao projeto de reeleição do chefe do Executivo municipal. O deputado também disse que Leite tentou manipular a compra de seu apoio ao candidato democrata pelo valor de R$ 1 milhão. Segundo ele, sua negativa em relação ao respaldo do projeto do DEM no município provocou a ira do deputado progressista, que junto com Júlio teria armado a manobra de divulgação da gravação com o intuito de expor sua imagem e atingir o prefeito Murilo. Guimarães se reconheceu na gravação. Porém, argumentou que as imagens são antigas e que se referem a uma situação de devolução de dinheiro que havia emprestado para Maksuês. “Em nenhum momento gostaria de negar a minha imagem, que é verídica. Porém, esta fita foi gravada no meu segundo ano de vereador em Várzea Grande, na qual eu emprestei R$ 30 mil para o jornalista Maksuês Leite. Na época, ele montou seu jornal em Várzea Grande e se dizia com certa dificuldade e eu, automaticamente, por ser um colega, emprestei o dinheiro. Tinha um cheque naquele momento e ele, confesso, me pagou certinho, me pagou em dia”, disse. Segundo Guimarães, durante sua campanha para deputado federal, em 2002, solicitei que me devolvesse os R$ 30 mil. “E o Maksuês, que naquela época não era deputado, me devolveu o dinheiro lá no jornal O Documento, que é de propriedade do deputado. Ele não sei por que me gravou e desde aquela época já vem me chantageando com essa fita. Quando fui candidato a prefeito de Várzea Grande, época em que disputei a eleição com o prefeito Murilo Domingos e com o próprio Maksuês Leite, ele já tinha lá naquela época oferecido essa fita para o candidato Murilo, que achou não valia a pena comprar a fita do Maksuês Leite”, disparou. Guimarães admitiu que errou por não ter denunciado Leite pelas inúmeras chantagens. Segundo ele, os personagens da gravação exibida durante o programa eleitoral do PMDB se referem a ele, Maksuês e o jornalista Cláudio Moraes. “A fita não é só isso aí, tem conversa normal, ele (Leite) agradece o dinheiro emprestado e o Maksuês está na imagem, por isso montaram essa escuridão. A verdade é que o Maksuês Leite tem essa fita na mão e por ser um covarde não tem coragem de mostrar a gravação na íntegra”, reiterou.
Wallace afirmou que após pesquisas eleitorais que apontariam a liderança de Murilo, Leite o convidou para conversar em nome de Júlio Campos e teria oferecido dinheiro em troca de apoio. “Me ofereceu R$ 1 milhão para apoiar o Júlio Campos e, além disso, tinha a fita e falou que se não aceitasse por bem eu iria aceitar por mal, que iria me denunciar. E eu falei que podia me denunciar, porque mais cedo ou mais tarde essa gravação viria à tona. Mas quero deixar bem claro que o fim dessa fita é única e exclusivamente para atingir o Murilo Domingos”, frisou. Wallace acusou ainda que na calada da noite foi feita negociata entre o candidato democrata, o deputado Maksuês Leite e o postulante do PMDB, Nico Baracat. O deputado afirmou também que é partidário, que não pensa em deixar o DEM e que cabe ao partido avaliar sua atuação junto à legenda.