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18 de abril de 2024O abatedouro de jacaré de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), tem desde o último dia nove de junho o Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permite a venda da carne de jacaré de Mato Grosso para todos os Estados brasileiros e até para outros países. Esta é a primeira indústria frigorífica que abate jacaré do Brasil. O presidente da Cooperativa de Criadores de Jacaré do Pantanal (Coocrijapan), Pedro Lacerda, solicitou, esta semana, junto a Secretaria de Indústria, Comércio Minas e Energia (Sicme), incentivo fiscal para a instalação de um curtume, na região, para beneficiar a pele de jacaré. De acordo com o presidente, este curtume irá solucionar o último gargalo que impede a Cooperativa de ampliar suas atividades. Ele explica que o grupo, atualmente formado por 20 criadores, já possui apoio do Governo, por meio de isenção de imposto no comércio de pele e carne. “Com essas conquistas nossa demanda irá aumentar, por isso precisamos construir o curtume a fim de ampliar nossos trabalhos. Somos os primeiros da América Latina a ter autorização do SIF com direcionamento para jacaré. Será um avanço importante para toda a economia do Estado”, enfatiza. Ele diz que com os incentivos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), há a possibilidade de que a cooperativa seja uma das primeiras a se instalarem na ZPE de Cáceres, local onde o grupo pretende construir o curtume. O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, destaca que esta fatia do mercado é bastante promissora e poderá gerar emprego e renda, especialmente, ao homem do campo. Ele disse que o Governo do Estado fará o que a legislação permitir para incentivar este segmento da economia na região de Cáceres. “Nossa principal meta é contribuir para o desenvolvimento econômico do Estado”, garante. Lacerda acrescenta que além de vários contatos de empresas brasileiras, especializadas em carnes exóticas, que têm interesse em comprar a carne de jacaré de Mato Grosso, já existe um início de negociação com o Japão que pretende comprar a carcaça inteira. \”Ou seja, o jacaré sem pele para que eles mesmos façam os cortes que a população japonesa mais consome\”, explica. O presidente destaca que neste momento, o objetivo é investir na adaptação e nos acertos do abate diário. \”Em seguida vamos investir na ampliação do número de criadores e, conseqüentemente do rebanho\”. Ele conta que há pequenos criadores de jacaré em todo o Estado. No entanto, três dos maiores criadores estão na região de Cáceres e um no município de Poconé. \”Mato Grosso deve ter atualmente pelo menos 500 mil animais\”, avisa. O presidente da cooperativa faz questão de enfatizar que todo o processo de criação é legalizado junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis Naturais (Ibama) e, que cada criador devolve a natureza 10% dos ovos postos. \”Só soltamos os animais maiores, ou seja, que já tem condições de se defender de predadores. Na natureza ou seja o índice de reposição é maior que da natureza que é de aproximadamente 4%\”, explica. Outra conquista recente da Coocrijapan é a insenção total do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre as negociações da carne de jacaré pelos próximos 10 anos. \”Este foi um grande apoio que recebemos do Governo do Estado\”, revela. \”Também temos que destacar o trabalho dos representantes do Ministério da Agricultura em Mato Grosso que nos acompanharam em todas as fases do processo e nos orientaram nas horas em que mais necessitamos\”, complementa.