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18 de abril de 2024O euro atingiu ontem o valor mais baixo em relação ao dólar em quatro anos. No mesmo dia, o governo chinês informou que o enfraquecimento da moeda europeia tem impacto significativo para as exportações de Pequim.
“O iuane subiu notavelmente em relação ao euro e esta apreciação vai prejudicar as exportações chinesas”, disse Yao Jian, porta-voz do Ministério de Comércio chinês em entrevista coletiva.
O desapontamento sobre a crise de dívida da Europa levou os investidores a tirar dinheiro de ativos mais arriscados e colocá-lo em mercados mais seguros, como os de ouro e bônus asiáticos. O euro chegou a cair a 1,223 dólar, o menor nível desde abril de 2006.
“O mercado entrou em modo de medo e estamos vendo linhas vermelhas em todo o cenário”, disse Justin Smirk, economista-chefe do St George Bank. A moeda europeia já recuou mais de 7% contra o dólar neste mês, acumulando no ano recuo de 14%, a pior performance entre as principais moedas do mundo.
Segundo os dados emitidos pelo Banco Popular da China (PBOC, banco central chinês), a cotação oficial ficou nos 8,3815 iuanes por euro, inferior a 8,5351 registrados na sexta-feira, e que representa a relação mais baixa desde o final de 2002.
A União Europeia (UE) é o principal destino das exportações chinesas, à frente dos Estados Unidos e Japão, por isso que a evolução da moeda do bloco é um motivo de preocupação para o setor exterior do país asiático. “Isto aumentará a pressão nos custos aos exportadores chineses e também terá um impacto negativo nas exportações da China aos países europeus”, disse Yao.
Ontem, os principais mercados de ações da Europa fecharam em queda, mas próximos da estabilidade, devolvendo ganhos iniciais em meio à queda do euro com as preocupações referentes à crise da dívida na zona do euro.
Londres perdeu 0,01%, encerrando a 5.262,54 pontos. Paris caiu 0,47%, aos 3.543,55 pontos. O Dax subiu 0,17%, fechando em 6.066,92 pontos. O índice pan-europeu Stoxx 600, que subiu 4,8% no acumulado da semana passada, caiu 0,15%, encerrando o dia em 248,09 pontos.
O fechamento também foi fraco nos mercados mais periféricos: Madri fechou em queda de 0,31%, a 9.286,10 pontos. Lisboa 0,10%, encerrando a sessão 7.018,64 pontos. Atenas caiu 1,43%, aos 1.634,61 pontos.
“O mercado não parece estar convencido de que o pacote de 750 bilhões de euros em ajuda à zona do euro, aprovado na semana passada em Bruxelas, possa solucionar prontamente os enigmas da dívida, do déficit e da depressão”, avaliaram estrategistas do ING.
O governo grego espera receber até amanhã o primeiro aporte de 14,5 bilhões de euros do pacote de empréstimos concedido pela zona do euro para evitar a falência do país, segundo fontes do Ministério das Finanças grego.
Essa quantia é parte da ajuda de 30 bilhões de euros que o Eurogrupo fornecerá à Grécia neste ano, e que se soma aos 10 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 12 de maio, o FMI entregou pouco mais da metade de sua parte do pacote de resgate (5,574,8 bilhões de euros), com juros de 1,3% e 3,3%.
Com a ajuda externa, a Grécia terá condições de honrar o pagamento das obrigações de 9 bilhões de euros que vencem amanhã e quitar os salários e aposentadorias até junho, como garantiu o ministro das Finanças do país, Giorgos Papaconstantinou.
Ontem, a imprensa grega informou que o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) abriram um escritório em Atenas a partir do qual vão supervisionar durante três anos os progressos do Executivo nas medidas de economia e a reforma econômica pactuadas como condição para entregar a ajuda.
A primeira inspeção deve ocorrer no início de junho. Na ocasião, serão examinados os cortes das maiores pensões, a reforma do mercado de trabalho, o melhor uso dos fundos europeus, as mudanças no sistema financeiro e a redução da despesa do sistema público de ferrovias.
Na próxima quinta-feira uma nova greve geral convocada pelos sindicatos será realizada no país para protestar contra as duras medidas de economia.
Especialmente, a greve dos trabalhadores portuários não permitirá a partida de navios das ilhas, o que afetará o importante setor turístico, que já sofreu mais de 30 mil cancelamentos em hotéis devido aos distúrbios vividos durante as manifestações.
A Grécia fixou o objetivo de reduzir o déficit fiscal em 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014, a partir 13,6% que foi registrado em todo o ano passado. Ontem, o governo grego disse que seu programa precisa de investimento para se desenvolver.