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18 de abril de 2024O peso do arrocho monetário ainda não se fez notar no mercado de crédito. Indiferente ao aumento das taxas de juros da maioria dos empréstimos, registrada pelo Banco Central em maio, o consumidor está indo às compras e se endividando como nunca. O estoque de crédito cresceu 2,1% no mês, batendo em R$ 1,5 trilhão, o equivalente a 45,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país). Desse total, R$ 685,9 bilhões estão nas mãos das famílias. A julgar pelo recuo de 2,1% no endividamento divulgado ontem pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro se sente mais confortável para gastar.
De acordo com dados do BC, para acomodar o aumento dos juros — a taxa média cobrada de pessoas físicas subiu de 41,1% ao ano em abril para 41,5% em maio —, os bancos estão ampliando o prazo de pagamento para os clientes. Isso faz com que a prestação seja diluída ao longo de um período maior e caiba no orçamento doméstico. Na opinião do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, essa elasticidade tem limite. “Vai chegar um momento em que esse instrumento (aumento de prazo) não será mais possível porque a instituição financeira não vai querer correr o risco de ver o bem financiado sofrer uma depreciação excessiva”, ponderou.
Cartão
A demanda forte por crédito, resultado de mais emprego e renda, não se restringe ao financiamento bancário. Pesquisa mensal realizada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro mostra que os cartões de crédito vêm ganhando espaço, enquanto que o financiamento direto na loja registra quedas. No ano passado, 56% dos entrevistados parcelavam suas compras nas lojas, enquanto 26% dividiam no cartão. Neste ano, a forma de pagamento a prazo se inverteu. A loja é a opção de 37% dos consumidores e o cartão, de 44%. O empréstimo pessoal em banco aparece em terceiro lugar, com 16% da preferência.
O crédito consignado, que subiu 0,3 ponto percentual de um mês para o outro, é o mais barato entre as opções de crédito pessoal. A taxa do consignado passou de 26,9% ao ano em abril para 27,2% ao ano em maio. Os juros do cheque especial, que são excessivamente altos, até caíram, mas a diferença é pouca: de 161,3% ao ano em abril, recuaram para 160,3% ao ano em maio. A taxa para o financiamento de veículos, que também está em alta, ainda está em conta. Em média, ela passou de 23,5% para 24,8% ao ano de um mês para o outro.
Do ponto de vista da quitação das dívidas, Altamir disse que não há motivo para preocupação. “A inadimplência está estabilizada e não esperamos alterações significativas este ano”, disse. Pelos dados do BC, o nível de calote do sistema ( operações com atraso superior a 90 dias) está em 5,1%. Vai chegar um momento em que esse instrumento (aumento de prazo) não será mais possível”