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18 de abril de 2024Enquanto não consegue resolver a questão do transporte coletivo em Porto Alegre, que está em greve desde segunda-feira, a Prefeitura deu uma coletiva na manhã desta sexta-feira. Na entrevista, o prefeito José Fortunati afirmou que é “impossível colocar os ônibus na rua se não houver garantia de segurança por parte da Brigada (Militar)”.
Entre as medidas anunciadas, Fortunati afirmou que, como não recebeu resposta da Brigada Militar, a Prefeitura decidiu entrar com ação no Tribunal Regional do Trabalho, solicitando o reforço da Brigada Militar.
— Se não tiver resposta da Brigada nem do TRT, temos um ofício pronto para pedir intervenção ao Ministério da Justiça, solicitando apoio da Força Nacional de Segurança — afirmou o prefeito.
Uma das medidas que o governo municipal pode tomar é a utilização de policiais militares como motoristas de ônibus. Segundo Fortunati, seriam utilizados aqueles que têm Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tipo “D” e foram treinados para a Copa do Mundo.
Vans irregulares
A Prefeitura disse que pode utilizar os 617 vans e ônibus escolares para diminuir os efeitos colaterais da greve, que fez surgir em Porto Alegre um mercado intenso de transporte clandestino. Fortunati ressaltou que essa medida só poderia ser tomada caso a Brigada desse segurança aos trabalhadores e passageiros.
Catraca livre
A hipótese de retorno total dos rodoviários caso as catracas sejam liberadas foi rechaçada pela Prefeitura. Segundo Fortunati, “para ter catraca livre, a Prefeitura precisa autorizar, comprando as passagens e ressarcindo as empresas”, o que seria inviável.
Desistência
Aos ser abordado sobre questões relacionadas à licitação do transporte coletivo, o prefeito abandonou a entrevista, deixando os jornalistas sem respostas.
Reivindicações
A greve foi definida em assembleia da categoria na última quinta-feira. Os rodoviários querem 14% de aumento, reajuste do vale-alimentação de R$ 16 para R$ 20 e manutenção do plano de saúde, sem desconto no salário. Porém, as empresas oferecem 5,56% (reposição integral da inflação no ano, segundo o INPC) e querem coparticipação financeira dos empregados no plano de saúde.