A crise econômica internacional e as negociações para acordos
birregionais deverão predominar nas discussões da 6ª Cúpula Brasil-União
Europeia, no próximo dia 24, em Brasília. O ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, em entrevista à imprensa estrangeira,
disse que será a oportunidade de debater os efeitos da crise sobre a
zona do euro (17 países que adotam a moeda única).
Patriota disse que também serão discutidos detalhes relativos ao
Programa Ciência sem Fronteiras e a projetos de cooperação sobre os
estudantes brasileiros na Europa. O tema é considerado prioritário para o
governo.
Ao ser perguntado sobre o adiamento da posse do presidente reeleito
da Venezuela, Hugo Chávez e as polêmicas que cercam o assunto, o
chanceler foi enfático. “As instituições democráticas foram respeitadas e
cabe aos venezuelanos decidir o caminho a tomar”.
Segundo Patriota, deverão ser discutidos também os termos para um
acordo birregional União Europeia-Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai,
Venezuela e Paraguai – que está suspenso do bloco desde o ano passado
até abril de 2013).
O chanceler disse que a possibilidade de um acordo também será
discutida durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (Celac) e a União Europeia, de 26 a 28 deste mês, em
Santiago, no Chile. A presidenta Dilma Rousseff confirmou presença.