O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,1% em dezembro, em
relação a novembro, informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o resultado, o índice registrou sua única elevação em 2011.
O ICI não mostrava resultados positivos desde dezembro do ano
passado, quando teve alta de 1,6%. Mas, apesar da variação positiva no
mês, o ICI ficou em 101,8 pontos, um resultado ainda inferior à média
histórica desde 2003, de 103,9 pontos.
A alta no ICI em dezembro foi inferior à estimada na primeira prévia
do índice, divulgada no último dia 22, que previa uma alta de 2% em
relação a novembro. No mês passado, o indicador completo mostrou
estabilidade (0,0%) em relação a outubro.
A melhora na avaliação dos empresários industriais sobre o momento
atual ajudou a impulsionar o ICI. Segundo a FGV, O Índice da Situação
Atual (ISA) avançou 1,9%, para 102,4 pontos, após alcançar em novembro
100,5 pontos, o menor nível desde julho de 2009 (96,7 pontos).
A perspectiva sobre o futuro também melhorou em dezembro. O Índice de
Expectativas (IE) avançou pelo terceiro mês consecutivo, para 101,1
pontos, uma alta de 0,2%. Para a FGV, a combinação dos resultados
sinaliza alguma recuperação do ritmo da atividade industrial no curto
prazo.
Em relação ao aumento do ISA, a maior contribuição foi do quesito que
mede a satisfação com o nível atual da demanda. O indicador atingiu
104,4 pontos neste quesito, o maior patamar dos últimos cinco meses. A
proporção de empresas que consideram forte o nível da demanda atual
aumentou de 14,0% para 16,7%, na passagem de novembro para dezembro,
enquanto a parcela das que o avaliam como fraco passou de 11,8% para
12,0%.
Já as expectativas dos empresários industriais em relação aos meses
seguintes são mais otimistas em relação às previsões para a produção no
trimestre de dezembro a fevereiro, do que para as perspectivas de novas
contratações no mesmo período ou sobre uma melhora do ambiente dos
negócios no médio prazo, de seis meses. Entre as 1.244 empresas
consultadas na sondagem de dezembro, 44,8% preveem expandir a produção
nos próximos três meses (contra 31,9% em novembro), enquanto 17,5%
pretendem reduzi-la (contra 5,6% em novembro).
Crise
A indústria nacional foi atingida ao longo do ano pela crise externa.
Por conta disso, o governo brasileiro deverá adotar no próximo ano
novas medidas de desoneração fiscal e defesa comercial.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que irá à
Organização Mundial do Comércio (OMC) pedir a mudança no regime
tributário de importação para
produtos têxteis, que era baseado no sistema ad valorem, para o ad rem.