O primeiro-secretário e presidente eleito da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP) recebeu na manhã desta quarta-feira (21) comitivas lideradas pelos prefeitos de Vila Rica, Calixto Silva (PMDB); de Santa Terezinha, Domingos da Silva Neto, popular Silvio; de Comodoro, prefeito Marcelo Beduschi (PT), acompanhado do secretário de Saúde, Egídio Rigo; de Nova Monte Verde, prefeita Beatriz de Fátima Sueck Lemes (PP) e de Colíder, Celso Banazeski (PR). Na pauta de reivindicações recursos para Educação, Saúde, Segurança Pública e pavimentação asfáltica.
Durante as reuniões, que aconteceram no gabinete do deputado, Riva explicou a importância de as prefeituras encaminharem os pedidos por meio de projetos. Ele também destacou o trabalho da Assembléia sobre as diferenças regionais. Essa pesquisa resultou na segunda edição do livro Desigualdades Regionais, que será lançado em breve. O parlamentar também se comprometeu a intermediar as reivindicações juntos aos governos estadual e federal.
“A Assembléia tem que ser a grande interlocutora dos municípios. Existe uma grande distorção social. E ela vem sendo ampliada na medida em que os governos do estado e o federal acabam tratando melhor os municípios mais ricos. Vamos continuar defendendo o fim dessas desigualdades”, garantiu. Riva disse que com o fortalecimento de instituições como Empaer, Seder e Incra o sistema de assentamentos, por exemplo, poderá ser mudado dos modelos tradicionais e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida do cidadão.
“O governo do estado deve criar um programa emergencial para atender os municípios, especialmente, os que têm condição econômica menos favorável e padecem pela falta de recursos para atacar os problemas”, frisou.
PRIORIDADES – O prefeito de Vila Rica, município distante de Cuiabá 1.300 quilômetros, justificou a necessidade da construção de um batalhão da Polícia Militar para atender a região. Atualmente, apenas oito policiais fazem a segurança da população. Ele também quer viabilizar cerca de 200 mil metros de asfalto e promover incentivos fiscais para atrair novas empresas fomentando a geração de emprego e renda. “Recebemos um grande fluxo de pessoas vindas do Pará. Precisamos levar para o nosso município um batalhão da Polícia Militar para formar os nossos policiais e dar segurança, principalmente na divisa dos estados”.
Calixto também destacou que o grande gargalo é a pavimentação da BR-158. Para se ter uma idéia, a população depende muitas vezes dos serviços hospitalares de Palmas, no Tocantins, cidade que está a 440 quilômetros do município. E a prefeitura não dispõe de nenhuma ambulância para fazer o transporte de pacientes. A construção de uma biblioteca e a implantação de novos cursos da Unemat também constam na pauta.
Da mesma forma, o prefeito de Santa Terezinha, que conta com apenas um policial para atender o município, pediu empenho da AL para aumentar o efetivo para pelo menos seis PMs. A viabilização de uma ambulância e de maquinários para a prefeitura também foi requisitada. “O número de homicídios aumentou assustadoramente e precisamos melhorar esse setor”, alertou, ao destacar a carência também da malha viária.
Para Comodoro também foi solicitada uma ambulância e apoio para manter funcionando o único hospital particular da cidade, que está na iminência de ser fechado. “O deputado Riva sempre nos apoiou e temos certeza que juntos vamos conseguir melhorias para o setor da Saúde de Comodoro”. Além disso, a cidade dispõe apenas de 15 quilômetros de asfalto. As reivindicações foram reafirmadas pelo secretário de Saúde, Egídio Rigo, que também é candidato a presidência do Conselho Estadual de Secretários de Saúde Municipal. Objetivo é buscar recursos para melhorar a política de saúde do estado.
“O apoio da Assembléia é fundamental na aquisição de investimentos para os municípios”, disse o prefeito de Colíder, Celso Banazeski. Ele explicou que entre as metas deste ano está a pavimentação asfáltica de 200 mil metros quadrados, para comemorar os 30 anos de emancipação da cidade.
A prefeita de Nova Monte Verde, Bia, disse que a captação e distribuição de água e construção de um Pronto Atendimento são necessidades primordiais. “As crianças nascem em Alta Floresta porque não temos como oferecer os serviços hospitalares”, disse, ao lamentar que a população também sofre com a falta de água potável.