O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, admitiu que há problemas de formação de filas com o atraso na votação por causa da identificação biométrica. No entanto, falou que isso não é generalizado no país. Com essa demora, senhas serão distribuídas para os eleitores que chegarem à seção eleitoral antes de 17h para garantir que a votação ocorra depois do encerramento oficial das eleições. Por isso, Toffoli evitou comprometer-se com um horário para o anúncio oficial do resultado estatístico da eleição para a presidência da República.
– Não vamos fazer previsão. Isso não é uma competição – frisou Toffoli.
Em Niterói, no Rio de Janeiro, que pela primeira vez adotou o sistema de biometria, eleitores enfrentam filas para votar. Em algumas zonas eleitorais, a espera chega a três horas. O problema se repete em Teresina e nas principais cidades do Piauí, onde muitos eleitores estão voltando para casa sem votar.
Nas eleições anteriores, essa divulgação foi feita em torno das 20h. O presidente do TSE disse apenas que deverá ser na noite deste domingo. Em entrevista coletiva, ele comparou a adoção da identificação biométrica pelo país como a compra de um carro novo. E argumentou que na primeira vez que o motorista entra no carro não tem familiaridade com o equipamento.
Dias Toffoli informou que os mesários receberam treinamento, mas não podem pegar na mão do eleitor para tentar auxiliar no processo de identificação. Por isso, segundo ele, há atrasos pontuais.
– Se o eleitor precisar perder cinco ou dez minutos, o que nós temos de garantir é que o eleitor vote – afirmou o presidente.
– A gente pode encontrar em uma seção ou outra uma maior fila, mas não é algo generalizado. Às vezes, em algum lugar pode demorar um pouco mais.
Sobre a divulgação de selfies nas redes sociais em frente às urnas, o ministro disse que o que preocupa a Justiça Eleitoral não é a vaidade do ser humano, mas a compra de votos, ou seja, a possibilidade de um eleitor tirar a foto do seu voto e mostrar para alguém em troca de vantagem. Isso caracteriza corrupção eleitoral.
– Neste caso, o que mais preocupa não é a vaidade.
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O ministro disse que os casos têm de ser analisados. No entanto, já admitiu que é inviável colocar detectores de metal em todas as seções eleitorais.
– Fazemos a quarta maior eleição do mundo – justificou Toffoli ao informar que em número de eleitores, o Brasil fica atrás apenas de Estados Unidos e Indonésia.