O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira uma maior queda da taxa básica de juros, ao afirmar que é possível reduzir mais.
— Temos o menor patamar de juros da nossa história, é desejável e possível cortar ainda mais — disse Lula ao ser homenageado com o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em sessão comemorativa dos 71 anos da entidade.
Na presença de ministros, empresários e alunos do Senai, Lula também destacou o potencial exportador do país com a descoberta do pré-sal e garantiu que “o ciclo de ajuste de nossa economia foi concluído”.
Na avaliação do presidente, as curvas do emprego e da atividade industrial sinalizam uma retomada do crescimento neste segundo semestre. Lula também afirmou que há perspectiva de aumento das exportações industriais ainda este ano.
No começo da cerimônia, o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto, justificou a homenagem ao presidente afirmando que os elos de Lula com a indústria são antigos, desde a formação como torneiro mecânico pelo Senai, nos anos seguintes como metalúrgico e na atuação como líder sindical, que “assustava setores do empresariado nos anos 70 e 80”.
— A abertura ao diálogo marcou sua história e, no presente, se consolidou como característica de seu governo — afirmou o presidente da CNI, frisando que a indústria entrou no foco das ações do governo.
— Com uma agenda de preservação dos fundamentos macroeconômicos e de inovação social, o Brasil se diferenciou. Confiou confiança interna e transformou-se em exemplo para a América Latina e o mundo — disse Monteiro Neto.
O presidente da CNI falou sobre as dificuldades de fazer a reforma tributária, mas ressaltou a capacidade do presidente Lula para solucionar os problemas que tiram a competitividade do setor produtivo nacional.
— Sabemos que uma reforma tributária ampla enfrentará problemas. Mas Vossa Excelência tem condições plenas de acabar com aspectos perversos da anticompetitividade brasileira, como a acúmulo de créditos das exportações e a taxação dos investimentos — disse Monteiro Neto.
— Avanços parciais ocorreram. É hora de completá-los — afirmou.