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18 de abril de 2024Aldo Rebelo vai se reunir com dirigentes da entidade em 8 de novembro. Na pauta, a venda de bebidas alcoólicas e a meia-entrada estudantil durante a Copa de 2014
A polêmica sobre a meia-entrada para jovens na Copa do Mundo de 2014 terá um ministro do Esporte dividido entre seguir as exigências da Fifa e manter a postura histórica de ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Depois de ser confirmado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, Aldo Rebelo disse que seguirá o que está previsto no projeto da Lei Geral da Copa encaminhado pelo Executivo para a votação no Congresso. Ao mesmo tempo, ele admite ser um defensor do benefício a estudantes. No texto, no entanto, não há qualquer menção ao direito dos jovens de pagarem metade do valor dos ingressos.
Dilma já sinalizou que essa questão deve ser resolvida nos estados e municípios. A Fifa, no entanto, pressiona as 12 cidades sedes a aprovarem um projeto de lei que proíba o desconto para os jovens. Atualmente, apenas as pessoas com mais de 60 anos têm direito à meia-entrada para eventos artísticos, o que se estende aos jogos. Essa prerrogativa está prevista no Estatuto do Idoso, uma lei federal. A regra para os jovens depende de cada unidade da Federação. A venda dos ingressos deve começar apenas em agosto de 2013.
“Eu vou defender a posição do governo, a posição que consta no projeto do Poder Executivo”, ressaltou Aldo. Essa conduta também será adotada quanto à liberação da bebida alcoólica nos estádios durante os jogos da Copa. Conforme revelou o Correio na terça-feira (25), o consumo do produto dentro das arenas esportivas faz parte de uma das garantias dadas pelo governo Lula à Fifa, para a realização dos jogos. Essa medida, no entanto, afronta o Estatuto do Torcedor, em vigor no país desde 2003. “Não estou aqui discutindo as posições da Fifa. Estou aqui dizendo que como ministro vou defender o projeto enviado pelo Poder Executivo”, assegurou Aldo.
Lei Geral
O primeiro encontro entre ele e representantes da entidade deve ocorrer em 8 de novembro, quando o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, pretende desembarcar no país para discutir alguns pontos da Lei Geral da Copa. Para Aldo, não haverá qualquer embaraço à relação com integrantes da CBF e da Fifa em razão de ele ter sido presidente da CPI do Futebol. No relatório final da comissão, instalada em 2001, foi pedido o indiciamento de 17 cartolas, entre eles o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
O dirigente foi acusado de crimes como lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, apropriação indébita e evasão de divisas. “Não creio que isso gere qualquer tipo de ressentimento em relação à minha atividade como ministro”, avaliou. Aldo minimizou ainda o fato de ter recebido dinheiro de campanha de empresas privadas ligadas à CBF e a Fifa. “Se houve alguma contribuição pode ter certeza que isso não atingirá, e não atingiu de qualquer forma a minha independência, diante de qualquer que seja.”
Compromissos firmados
Para o Brasil concorrer ao posto de país sede da Copa do Mundo de 2014, o governo Lula assinou uma série de garantias com a Fifa. Além da bebida alcoólica nos estádios, o país se comprometeu a oferecer de facilidades alfandegárias e isenção de impostos a pagamento de indenizações e fornecimento de infraestrutura tecnológica e de telecomunicações que atenda aos requisitos da entidade.