O Brasil poderá oferecer mais bônus de 10 e de 30 anos nos mercados internacionais este ano, explorando a demanda pelos papéis mais negociados do país, disse o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Paulo Valle. “Nossa estratégia é continuar ofertando papéis de 10 e 30 anos”, disse Valle. “Isso ajuda a melhorar a liquidez desses benchmarks importantes.”
O governo vendeu US$ 1,78 bilhão em bônus de 10 anos em janeiro e maio, parte de uma leva de novas emissões dos países em desenvolvimento diante do arrefecimento da crise financeira mundial. Os governos e empresas dos países em desenvolvimento venderam mais de US$ 57 bilhões em títulos este ano até o fim da primeira semana de maio, em relação aos US$ 34,8 bilhões comercializados no mesmo período de 2008, segundo dados reunidos pela Bloomberg.
Os bônus brasileiros tiveram melhor desempenho do que outros papéis de mercados emergentes nos últimos 12 meses, uma vez que o acúmulo recorde de reservas externas promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de mais de US$ 200 bilhões, ajudou a manter a confiança do investidor na economia brasileira, a maior da América Latina, em meio à crise mundial. Os bônus externos do Brasil deram um retorno de 3,1% nos últimos 12 meses, enquanto os bônus dos mercados emergentes caíram, em média, 2,2%, segundo o JPMorgan Chase & Co.(