A maioria das bolsas asiáticas fechou em baixa nesta terça-feira, no
embalo das fortes perdas verificadas nos mercados europeus na véspera.
Com o feriado nos Estados Unidos, a crise de débito europeia atingiu em
cheio o ânimo dos investidores da região.
A Bolsa de Tóquio fechou em forte queda, levando o índice Nikkei 225
ao menor nível dos últimos 28 meses, com investidores avessos ao risco e
temerosos de uma queda do euro, dos problemas da dívida europeia e de
um processo do governo dos EUA contra os bancos. Quase todas as ações
caíram e o Nikkei 225 perdeu 193,89 pontos, ou 2,2%, para 8.590,57
pontos. Foi o menor nível de fechamento desde 28 de abril de 2009.
Na China, as Bolsas fecharam no pior patamar em quase 14 meses,
devido às persistentes preocupações sobre o impacto das novas medidas de
aperto monetário no crescimento econômico chinês e ao enfraquecimento
da economia global. O índice Xangai Composto caiu 0,3% e terminou aos
2.470,53 pontos, o menor fechamento desde 16 de julho de 2010. O índice
Shenzhen Composto baixou 1% e encerrou aos 1.085,35 pontos. Os
produtores de cimento foram os mais afetados. Anhui Conch Cement baixou
5,2% e Tangshan Jidong Cement desabou 4,5%. Banco Industrial e Comercial
da China (ICBC) deslizou 0,3%.
A exceção foi a Bolsa de Hong Kong. Como HK é um dos últimos mercados
a fechar, houve tempo para os investidores acompanharem a abertura das
Bolsas da Europa, que começaram a terça-feira em acentuada elevação. Por
conta disso, houve reversão das perdas iniciais uma hora e meia antes
do fechamento. O índice Hang Seng subiu 94,10 pontos, ou 0,48%, e
encerrou aos 19.710,50 pontos. China Mobile liderou a alta, ao saltar
2,6%. Espirit avançou 4,9%. Na contramão da tendência, HSBC caiu 1,8%.