OBanco Central resolveu dar o troco à escassez de moedas e notas de valor mais baixo no País. Ontem, o BC anunciou um amplo programa para aumentar a circulação das moedinhas e cédulas, uma vez que a falta de dinheiro para troco se transformou em reclamação generalizada em todo o País.
Desde o Plano Real, ou seja, julho de 1994, não há uma iniciativa dessa dimensão no Brasil. Medidas para facilitar a troca de dinheiro para os comerciantes, em kits de R$ 100, também serão adotadas, para a alegria de empresários de pequeno e médio porte.
O BC vai colocar no mercado 1,4 bilhão de moedas a mais este ano – em especial de R$ 1 e R$ 0,50 -, o que representa um acréscimo de 10% frente ao registrado em 2008. Com o reforço solicitado à Casa da Moeda, serão quase oito novas moedas para cada um dos 190 milhões de brasileiros. A promessa é que o volume de cédulas também fique maior, com a colocação de 460 milhões de cédulas de R$ 2 e R$ 5. A produção desse dinheiro vai custar R$ 200 milhões.
Segundo o BC, mais da metade dessa produção já foi entregue pela Casa da Moeda e está pronta para o fornecimento. Neste mês, também será facilitada a troca de notas e moedas pelo BC. Os bancos terão acesso a esse serviço, excepcionalmente sem custo, até o fim do mês. Já o aumento da oferta de moedas é visto como necessário por causa do hábito da população de guardá-las nos cofrinhos ou esquecê-las em gavetas.
O diretor de administração do BC, Anthero Meirelles, explicou que será dada prioridade à impressão de cédulas de menor valor porque são as mais usadas pela população. “Por isso, as mais desgastadas”, explicou. Na média, uma cédula de R$ 2 circula por 12 meses. Depois desse período, fica sem condições de uso e é retirada de circulação pelos bancos. As notas de R$ 1 não são impressas desde 2005, mas continuam em circulação e estão sendo recolhidas gradativamente.
Ainda como parte do programa, os comerciantes também terão um atendimento especial. Entre o dia 14 e 30 de novembro haverá em todo o País guichês de fornecimento de moedas e de notas de R$ 2 e R$ 5 em kits de R$ 100. Os empresários de maior porte vão poder fazer os pedidos junto aos bancos com os quais já trabalham, e essas instituições financeiras vão poder fazer solicitações de troca ao BC por telefone, com prazo mínimo de 48 horas de antecedência para entrega.
Dificuldades com relação a troco na rede bancária também podem ser informadas ao Banco Central por meio do e-mail faltadetrocobcb.gov.br.