A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou nesta terça-feira (30), em nota, que o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, não faz parte do quadro de professores efetivos da instituição.
No currículo na plataforma Lattes, Decotelli cita 18 vezes o vínculo institucional com a FGV, entre 2001 e 2018, como \”professor\” da fundação.
Segundo a FGV, ele deu aulas em cursos vinculados à fundação, como professor colaborador, mas não faz parte do quadro de professores efetivos das escolas da FGV.
\”O Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação\”, afirmou a instituição.
\”Ele foi um professor colaborador, não tinha vínculo com a FGV. Deu aula em diversos cursos lato sensu. Foi também um dos coordenadores do MBA em Finanças na FGV e do curso \’Gestão Financeira Corporativa\’.\”
Segundo pesquisadores, a descrição do vínculo deveria ser mais específica, como \”professor colaborador\”, por exemplo.
Decotelli já teve ao menos outros quatro pontos em seu currículo confrontados por instituições:
declaração de um título de doutorado na Argentina, que não foi obtido;
denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
pós-doutorado na Alemanha, não realizado;
apoio de empresa no pós-doutorado, não obtido.
Sobre a denúncia de plágio, a FGV esclarece que as investigações ainda não foram concluídas.