A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o cartel dos trens em São Paulo, de acordo com o jornal “Estado de S.Paulo”. O esquema envolvendo as licitações do sistema metroferroviário operou em São Paulo entre 1998 e 2008. Foram indiciados 33 por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório. O ex-governador e senador eleito por São Paulo, José Serra (PSDB), interrogado durante as investigações não foi indiciado
De acordo com o documento, servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais do setor participaram em conluio para obter contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A reportagem mostra que o relatório final aponta João Roberto Zaniboni, que integrou os quadros da CPTM entre 1999 e 2003, como um dos organizadores do conluio.
O ex-governador e senador eleito José Serra (PSDB), intimado para depor como “investigado”, não foi indiciado. A PF não identificou ligação do tucano com o cartel, nem com crimes transnacionais (lavagem de dinheiro e evasão). Em acordo de leniência firmado em 2013 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Siemens revelou que o cartel agiu durante pelo menos uma década – governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.