A família Espírito Santo teve mais um revés nesta sexta-feira. O Tribunal de Luxemburgo negou o pedido de gestão controlada (dentro de um processo de recuperação judicial), da Rioforte, empresa que administra os investimentos em ativos não financeiros da família. Com isso, a holding da família, que controla o Banco Espírito Santo e outros negócios em Portugal, entrará em liquidação, processo no qual suas operações serão dissolvidas. “A liquidação dos ativos da Rioforte será decidida por um liquidatário judicial, que será nomeado pelo tribunal”, disse o grupo português nesta sexta.
O império da família de banqueiros portugueses desmoronou sob enormes dívidas este ano, forçando um resgate de emergência no Banco Espirito Santo (BES). O tribunal de Luxemburgo havia negado anteriormente a gestão controlada para duas outras holdings da família – a Espirito Santo Financial Group (ESFG) e sua subsidiária Espírito Santo Financière. Assim, elas tiveram também de decretar falência.
A gestão controlada teria oferecido alguma proteção contra credores. A Rioforte não pagou um empréstimo de cerca de 900 milhões de euros concedido pela Portugal Telecom, o que contribuiu para complicar ainda mais a conturbada fusão da empresa com a brasileira Oi.