A Óleo e Gás Participações (OGPar), petroleira de Eike Batista, informou nesta quinta-feira que recebeu a primeira parcela de US$ 125 milhões referente ao empréstimo de US$ 215 milhões acertado com um grupo de credores em fevereiro passado.
A injeção de US$ 125 milhões foi feita mediante emissão de debêntures, limitada a um grupo seleto de credores. A segunda parcela, de US$ 90 milhões, estará disponível para subscrição a todos os credores da OGX, condicionada à aprovação do plano de recuperação judicial.
A petroleira entrou em recuperação judicial no fim do ano passado, e a assembleia para aprovação do plano ainda não tem data para ocorrer.
A operação financeira é a chamada de financiamento DIP e é apontada como um componente-chave na reestruturação da companhia, por fornecer a ela capital de giro que permite continuar suas operações e financiar suas atividades de exploração e produção.
Segundo a OGPar, os recursos serão utilizados para reembolsar integralmente os US$ 50 milhões do empréstimo-ponte contratado pela companhia e suas controladas em 13 de janeiro de 2014, além do pagamento de despesas de capital e gastos com a recuperação judicial.
“Estamos muito satisfeitos por ter obtido a primeira tranche do financiamento DIP. Este é um importante voto de confiança no potencial da OGX e um passo essencial em nossa reestruturação, que, se aprovada, proporcionará à empresa um novo começo”, afirma Paulo Narcélio Simões Amaral, presidente da OGPar em nota.
Minoritários da OGPar, Petrobras, Eletrobras estiveram reunidos em São Paulo por dois dias esta semana, a fim de traçar estratégias para denunciar supostos crimes cometidos pelas empresas. Estiveram presentes no encontro autoridades federais e donos de corretoras de valores. A ideia, segundo fontes que participaram da reunião, é reunir documentos e denunciar as empresas à Security Exchange Comission (SEC), a xerife do mercado de capitais americano. No caso da OGPar, os dois alvos preferenciais das denúncias são o próprio Eike e o presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Edemar Pinto. Os minoritários acreditam que ambos estão envolvidos em um esquema de venda de ações a descoberto que teria lesado os acionistas.