A OGX (OGXP3) informou no final da noite de quinta-feira (17) que está discutindo com a gestora de recursos Vinci Partners e outros potenciais investidores opções para a reestruturação financeira da endividada companhia de petróleo e gás.
A empresa afirmou, porém, que “neste momento, no entanto, não houve qualquer definição no sentido de concretizar eventual oportunidade de negócios ou injeção de valores, muito menos em relação à alienação de controle da companhia”.
A divulgação ocorreu depois de pedido de esclarecimento pelo órgão regulador do mercado, CVM, sobre rumores publicados em jornais sobre negociações da petrolífera com a Vinci Partners, que chegou a negar nesta semana que estava em conversas com a OGX sobre uma potencial tomada de controle.
Segundo informou a “Folha de S.Paulo”, o rombo da petrolífera chega a R$ 10,8 bilhões (equivalente a US$ 5 bilhões). Os ativos da OGX (campos de petróleo, máquinas e outros) estão avaliados em R$ 5,8 bilhões (US$ 2,7 bilhões), ou seja, só pagam pouco mais de metade da dívida.
A companhia tem 30 dias desde o não pagamento para obter um acordo com credores ou será declarada inadimplente. Se isso ocorrer poderá marcar o maior calote corporativo na América Latina.
Também na noite de quinta-feira, o conselho de administração da OGX indicou o nome de Jorge Rojas Carro, indicado pelo empresário Eike Batista, para ser conselheiro independente depois da renúncia de Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, ex-presidente-executivo da petrolífera. A indicação terá de ser aprovada em assembleia marcada para 1 de novembro.