Debate sobre Cuba pode pôr fim nas próximas edições de Cúpula das Américas
“O isolamento, o embargo, a indiferença, olhar para o outro lado, vêm sendo ineficazes”, havia dito o anfitrião do evento.
Os ministros do Exterior da Venezuela, Argentina e Uruguai indicaram que seus países não assinarão a declaração a menos que os EUA e o Canadá permitam a futura participação de autoridades cubanas.
Já a Bolívia se encontra entre os países que insistiram que a VI Cúpula seja a última a menos que Cuba seja convidada para os eventos no futuro.
“Aqui todos os países da América Latina e do Caribe querem que Cuba esteja presente, mas os Estados Unidos não aceitam”, afirmou o presidente Evo Morales a jornalistas. “É como uma ditadura.”
Em 2008, Morales expulsou da Bolívia o embaixador dos EUA do país por suposta incitação aos opositores do governo boliviano. As negociações para o regresso dos embaixadores se encontram paralisadas atualmente.
O imbroglio sobre Cuba também levou o presidente do Equador, Rafael Correa, a boicotar a cúpula, enquanto os presidentes mais moderados como o colombiano, Juan Manuel Santos, e a brasileira, Dilma Rousseff, disseram que não se deveria organizar outras cúpulas sem a presença cubana.
Os colegas de Obama o recriminaram pela oposição contra a participação cubana e por negar-se a abandonar uma guerra contra o narcotráfico.
Cuba foi excluída da OEA anos depois da Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, em 1959, e não toma parte das cúpulas americanas por causa da oposição dos Estados Unidos e do Canadá.