O Banco do Brasil anunciou lucro líquido recorde de R$ 12,1 bilhões
em 2011, crescimento de 3,6% em relação a 2010. O desempenho corresponde
a retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 22,4%. O
resultado recorrente alcançou R$ 11,8 bilhões, evolução de 10,2% sobre o
ano anterior.
O lucro líquido do quarto trimestre caiu 25,7%, para R$ 2,972 bilhões,
na comparação com o de R$ 4,002 bilhões do mesmo intervalo de 2010. Em
relação ao terceiro trimestre de 2011, em que o banco registrou lucro
líquido de R$ 2,891 bilhões, houve alta de 2,8%.
O Banco do Brasil registrou lucro recorrente de R$ 3,025 bilhões no
quarto trimestre de 2011, o que representa uma queda de 18,3% ante os R$
3,704 bilhões anotados no mesmo intervalo de 2010. Já na comparação com
o terceiro trimestre de 2011 o dado apresenta um crescimento de 17,6%
sobre os R$ 2,573 bilhões daquele período, conforme relatório financeiro
da instituição, divulgado há pouco.
Crédito
A carteira de crédito em conceito ampliado, que inclui garantias
prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, somou R$ 465,1
bilhões em 2011, evolução de 19,8% em 12 meses. Segundo o banco, a
expansão da carteira de crédito aconteceu principalmente por conta do
crescimento das concessões para financiamento ao consumo, micro e
pequenas empresas, agronegócio e o crédito no exterior.
O financiamento imobiliário foi o destaque de crescimento nas
operações de crédito do Banco do Brasil no quarto trimestre e no ano de
2011. Na pessoa física, a carteira encerrou dezembro com saldo de R$ 6
bilhões, expansão de 104% em 12 meses.
Somente no quarto trimestre, o banco desembolsou R$ 1 bilhão em novos
financiamentos habitacionais para a pessoa física, expansão de 96,5% em
12 meses. A carteira total de crédito de pessoas físicas encerrou
dezembro em R$ 130,6 bilhões, expansão de 15,5% ante o mesmo mês de 2010
e de 3,8% ante setembro do ano passado.
Já a carteira de pessoa jurídica cresceu mais, com expansão de 19% no
ano e de 5,6% no trimestre. De acordo com o BB, o segmento foi
impulsionado pelos empréstimos a médias e grandes empresas, com
destaques para as linhas tradicionais, como capital de giro, e via
emissão de papéis privados, como debêntures. Também se destacou o
segmento de micro e pequenas empresas, com expansão de 19,5% em relação
ao observado em dezembro de 2010 e 9,2% frente a setembro último.
Já a carteira de crédito do agronegócio encerrou o trimestre com
saldo de R$ 89,4 bilhões, o que corresponde a crescimento de 6,7% ante o
terceiro trimestre de 2011 e de 18% em doze meses.
Os ativos totais do BB fecharam dezembro em R$ 981,2 bilhões, aumento
de 21,0% em relação a dezembro de 2010 e de 3,3% sobre o final do
trimestre anterior.
O patrimônio líquido cresceu 15,8% e ficou em R$ 58,416 bilhões. O
índice de Basileia em dezembro era de 14,0% ante 14,1% em igual mês de
2010.