A inflação percebida pelos idosos perdeu força em 2011 e subiu 6,19%,
abaixo da apurada em 2010 (6,27%). É o que mostrou o Índice de Preços
ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), anunciado nesta quinta-feira,
12, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede evolução de preços
entre os idosos. O desempenho também ficou abaixo da inflação em todas
as faixas etárias, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil
(IPC-BR) e que encerrou o ano passado com alta de 6,36%.
Porém, o indicador acelerou na margem, com alta de 1,67% no quarto
trimestre de 2011, acima do terceiro trimestre do ano passado (0,91%).
Este desempenho também ficou acima da taxa do IPC-BR para o mesmo
período (1,59%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, seis
apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços do terceiro
para o quarto trimestre do ano passado. O destaque ficou com avanço de
preços no grupo Alimentação (de 0,82% para 2,38%), que foi pressionado
por deflações mais fracas; aceleração e fim de queda de preços em
hortaliças e legumes (de -12,28% para -3,22%), carnes bovinas (de 2,74%
para 9,69%) e pescados frescos (de -4,15% para 1,74%).
Também contribuíram para a taxa maior do IPC-3i no último trimestre
de 2011 as acelerações e término de deflação em Educação, Leitura e
Recreação (de -0,27% para 2,43%), Vestuário (de 0,77% para 2,57%), Saúde
e Cuidados Pessoais (de 1,19% para 1,45%), Transportes (de 0,63% para
1,05%) e Despesas Diversas (de 0,15% para 0,74%).
O grupo Habitação foi o único a mostrar desaceleração de preços no mesmo período (de 1,25% para 1,22%).