O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou ontem que proteger a independência do banco central dos EUA é essencial para a economia do país e acrescentou que a instituição precisa tornar-se ainda mais transparente. Durante uma cerimônia de posse que marcou o início de seu segundo mandato como presidente do Fed, Bernanke disse que a independência do BC cumpre um papel importante para os objetivos públicos. “Ela permite ao Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) elaborar políticas monetárias que interessem ao povo americano no longo prazo, em vez de servirem a imperativos políticos de curto prazo”, afirmou.
Segundo Bernanke, embora seja animador o fato de a economia dos EUA ter voltado a crescer, o país e o Fed ainda enfrentam “enormes” desafios. O maior desafio de Bernanke neste ano será decidir quando elevar a taxa referencial de juros dos EUA. Analistas preveem que a recuperação será forte o suficiente para suportar um aumento dos juros entre setembro e outubro, pouco antes das eleições para a Câmara dos Representantes e para parte do Senado.
Bernanke também disse que embora o Fed seja considerado um dos bancos centrais mais transparentes e responsáveis do mundo, “devemos nos preparar para fazer ainda mais, sermos ainda mais transparentes”.
DÍVIDA PÚBLICA. A Câmara de Representantes deve aprovar formalmente hoje um aumento do limite da dívida pública norte-americana de US$ 12,374 trilhões a US$ 14,294 trilhões, ou seja, uma alta de cerca de US$ 1,9 trilhão. Este aumento já foi aprovado pelo Senado.
Ontem, o Departamento do Tesouro norte-americano alertou que o limite da dívida pública autorizada dos Estados Unidos, definida pelo Congresso em US$ 14,294 trilhões, ainda é muito baixo e corre o risco de ser alcançado no final do mês de fevereiro. “Com base nas previsões atuais, o Tesouro prevê que o máximo da dívida pública será alcançado no final do mês de fevereiro”, assinalou o departamento, sem poder proporcionar a data exata por causa da volatilidade dos fluxos de tesouraria do Estado.