O Brasil defenderá um “viés pró-crescimento” para os emergentes na reunião de ministros de Finanças do G-20, esta semana, que começará a modelar uma coordenação de políticas econômicas dos principais emergentes e nações desenvolvidas a fim de reequilibrar a economia global.
Para o Brasil, nesse “reequilíbrio” os emergentes precisam continuar a ter crescimento econômico maior do que as economias desenvolvidas e não poderão se conformar com “ritmo de expansão insuficiente”.
A “Moldura para Crescimento Forte, Sustentável e Equilibrado” foi aprovada pelos líderes do G-20 na cúpula de Pittsburg (EUA) e seus princípios gerais da modelagem começarão a tomar forma esta semana no encontro de ministros de Finanças em St. Andrews, na Escócia.
A briga é sobre como vai funcionar o mecanismo de revisão conjunta das políticas econômicas de cada um, aspectos de supervisão recíproca, como contribuem para a retomada do crescimento e se isso ocorre em bases mais balanceadas.
A implementação implica os Estados Unidos pouparem mais e cortarem o déficit orçamentário; a China e o Japão dependerem menos de exportações e mais de consumo doméstico; a Europa passar por reformas estruturais para reforçar seus investimentos.
Mas o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, quer incluir indicadores de desempenho de políticas sociais. Para o Brasil, como o G-20 é composto de vários emergentes, precisa refletir isso. E, para reequilibrar a economia mundial, não se pode levar em conta apenas os números macroeconômicos, mas também políticas de desenvolvimento para redução da pobreza, programas sociais, investimentos públicos. O entendimento dessas necessidades implica que a economia mundial deve crescer mais rápido.
Cada país do G-20 vai apresentar seus desempenhos e seus prognósticos em matéria fiscal, monetária etc.