Nove capitais brasileiras, seis delas do Nordeste, registraram, em agosto, retração no custo da cesta básica, conforme apurou o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os recuos mais expressivos ocorreram em Natal (-3,22%), Aracaju (3,12%), Fortaleza (-3,05%) e João Pessoa (-3,02%). Em Vitória, o valor manteve-se praticamente inalterado e sete localidades apresentaram alta, com destaque para Curitiba (2,30%) e Manaus (1,15%).
A aquisição dos itens básicos, em Porto Alegre, custou R$ 238,67, o maior valor entre as cidades pesquisadas. Em São Paulo, o preço da cesta correspondeu a R$ 225,69 e, em Vitória, ficou em R$ 223,09. As cidades mais baratas foram Aracaju (R$ 168,06), Fortaleza (R$ 176,57) e João Pessoa (R$ 178,12).
mínimo. Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que, em agosto, o valor do mínimo necessário foi calculado em R$ 2.005,07, o que representa 4,31 vezes o mínimo em vigor, de R$ 465.
Em julho, o piso mínimo era estimado em R$ 1.994,82 (4,29 vezes o menor salário pago), enquanto em agosto do ano passado correspondia a R$ 2.025,99, ou seja, 4,88 vezes o piso então vigente (R$ 415).
Entre janeiro e agosto, apenas duas capitais – Belém (1,83%) e Recife (1,47%) -tiveram aumento nos preços. Nas outras 15 localidades, o custo da cesta registrou variação acumulada negativa, com destaque para Aracaju (-13,05%), João Pessoa (-11,18%), Rio de Janeiro (-10,86%) e Fortaleza (-10,52%).